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Grupo faz ataque cinematográfico a empresa de valores em Santo André

Os criminosos trocaram tiros com funcionários e incendiariam veículos das proximidades durante a fuga. Ninguém foi preso e, a princípio, não há feridos, nem registro de roubo

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1 de 1 assalto, santo andré, protege - Foto: EDISON TEMOTEO/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO

Homens armados invadiram na madrugada desta quarta-feira (17/8) a empresa de transporte valores Protege, em Santo André, São Paulo. Segundo a Polícia Militar, ao deixar o local, os invasores trocaram tiros com funcionários da empresa e incendiariam veículos das proximidades durante a fuga. Ninguém foi preso e, a princípio, não há feridos, nem registro de roubo.

De acordo com o Corpo de Bombeiros, além da Rua dos Coqueiros, onde funciona a empresa, há outros focos de incêndio nas proximidades para conter a chegada da polícia, como a Avenida São Caetano. Os demais pontos atacados pelos bandidos não foram confirmados pela corporação.

A PM chegou ao local por volta das 3h20 após receber diversas ligações de moradores da região, denunciando troca de tiros, explosão de artefatos e incêndio de veículos. Até as 6h, ainda havia policiais no local fazendo o levantamento de dados e acompanhando o trabalho da perícia. O caso será investigado pela Polícia Civil.

O fogo na sede da Protege está sob controle e não há informação oficial sobre a duração do tiroteio, embora moradores relatem nas redes sociais que a troca de tiros se estendeu por cerca de 20 minutos.

Esse é o segundo assalto realizado a uma sede da Protege em 2016. Na madrugada de 14 de março, criminosos roubaram cerca de R$ 50 milhões da sede da empresa em Campinas. Na ocasião, os bandidos utilizaram dinamite e fuzis para invadir o local.

De acordo com a empresa, um trabalhador ficou ferido por estilhaços, mas recebeu atendimento e passa bem. Não houve roubo.

A Protege informou ainda, por meio de nota, que os vigilantes e as barreiras do sistema de segurança impediram que os criminosos tivessem acesso ao caixa-forte da empresa e que conseguissem realizar o assalto. “A Protege aguarda a apuração dos fatos e, para isso, colabora com as autoridades policiais em sua investigação.”

Procurada, a Secretaria Estadual da Segurança Pública (SSP) de São Paulo não comentou a tentativa de assalto à Protege.

O caso aconteceu na altura do número 1.291 da Rua dos Coqueiros, no bairro Campestre. De acordo com o Corpo de Bombeiros, além da Rua dos Coqueiros, houve outros focos de incêndio nas proximidades, semelhantes a barricadas, e a distribuição de pregos retorcidos nas pistas para tentar conter a chegada da polícia.

Vias bloqueadas
Durante a fuga, os assaltantes tentaram interromper o acesso a vias das proximidades da empresa. Segundo a Companhia de Engenharia de Trafego (CET), às 10h, o tráfego permanecia bloqueado em três das cinco pistas do Viaduto Grande São Paulo e em uma faixa da Avenida Salim Farah Maluf, na zona leste de São Paulo.

A ocorrência também causou lentidão em dois pontos do município de São Caetano do Sul, onde dois veículos foram queimados, entre a Avenida Goiás e a Rua Joana Angélica, e as Ruas Felipe Camarão e Rafael Sampaio.

Também houve registros de congestionamento em Santo André, principalmente na Avenida dos Estados, onde o trânsito foi parcialmente interrompido no sentido São Paulo por causa da permanência de um caminhão incendiado na pista. Os criminosos também atacaram veículos entre as Avenidas São Caetano e Prestes Maia e na Avenida Industrial. De acordo com o Departamento de Engenharia de Tráfico (DET) do município, os veículos atingidos são removidos conforme há a liberação da polícia.

Pânico
A tentativa de assalto à empresa de transporte de valores Protege, em Santo André, no ABC Paulista, provocou pânico entre os moradores de um condomínio localizado em frente ao prédio atacado na madrugada desta quarta-feira (17). Para a vendedora Andréa Hollosi, de 45 anos, o cenário na Rua dos Coqueiros era de guerra.

“Fiquei abalada. Parecia coisa de guerra, com bombardeio. O chão e as janelas vibraram”, afirmou Andréa.

Segundo ela, pregos e cápsulas de bala estavam espalhados na via após cerca de 40 minutos de tiroteio. A vendedora desistiu de sair para trabalhar nesta quarta-feira.

O susto foi tão grande que Andréa se jogou no chão. “A melhor coisa é ir para o chão. Não sabia de onde vinham as balas”, explicou.

A advogada Rosana Cristina de Oliveira, de 42 anos, moradora do 2° andar do prédio, contou que também se jogou no chão. “As janelas estremeciam”, disse. Ela tinha uma viagem marcada para Minas Gerais, às 6h30, e perdeu o ônibus porque preferiu não arriscar.

“O trânsito estava travado. Tomei banho, coloquei a roupa a estava pronta para sair. Mas a polícia estava chegando, e a informação dos vizinhos era de que a Avenida dos Estados estava cheia de pregos”, disse Rosana.

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