Forças curdas dizem que foram atacadas pelo Estado Islâmico com armas químicas
Soldados conhecidos como Peshmerga deram entrada num hospital com sintomas que incluem vômitos, náuseas, falta de ar e coceira
atualizado
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Militantes do Estado Islâmico atiraram morteiros carregados de substância química contra tropas curdas próximas à cidade de Sinjar, no Iraque, atingindo 30 militantes, disse nesta quinta-feira (18/2) uma autoridade militar curda e uma autoridade médica.
Nove soldados curdos, conhecidos como Peshmerga, deram entrada num hospital na cidade de Dohuk na última sexta-feira (12) com sintomas que incluem vômitos, náuseas, falta de ar e coceira, disse o diretor do hospital, Afrasiab Mussa Yones.
Segundo ele, esse tipo de sintoma surge quando o cloro é usado, mas que era necessária uma análise mais aprofundada. Yones disse que iria enviar amostras retiradas das roupas dos soldados para análise. Todos os Peshmerga receberam alta após o tratamento.
“Um dos morteiros caíram perto da minha posição e havia um monte de fumo”, disse o coronel Lukhman Kulli Ibrahim. Ele disse que “caiu imediatamente e ficou inconsciente”. Depois que chegou ao hospital, o coronel disse que sentiu os olhos queimando e que não conseguia respirar direitos, além de sentir dores de cabeça e ardor no peito.
A Organização para a Proibição de Armas Químicas (OPAQ) confirmou mais cedo esta semana que foi usado gás mostarda contra as forças curdas em agosto do ano passado.