Regime da Síria retoma controle de Palmira e expulsa Estado Islâmico
Tomada pelo grupo terrorista em maio de 2015, as ruínas arqueológicas da cidade foram utilizadas como cenário para execuções e vários de seus edifícios foram implodidos pelos militantes
atualizado
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As forças do regime sírio retomaram o controle da cidade antiga de Palmira dos militantes do Estado Islâmico, neste domingo. A vitória oficial ocorreu após semanas de confrontos, segundo a imprensa estatal e um grupo de monitoramento partidário da oposição.
Alguns ativistas disseram que ainda havia confrontos em andamento em algumas ruas. Segundo eles, o Estado Islâmico permanece no controle de alguns poucos bairros.
Uma intensificação da campanha aérea do regime e aviões russos apoiados por uma ofensiva em solo levaram os militantes a se retirar, segundo o grupo Observatório Sírio pelos Direitos Humanos, sediado em Londres.
Na sexta-feira (25/3), as forças do regime, com o apoio de aviões russos e militantes libaneses do grupo Hezbollah tomaram a parte antiga de Palmira, segundo a imprensa estatal. A partir disso, passaram a avançar rumo a áreas residenciais.
Controle
O Estado Islâmico se esforçou muito para manter o controle de Palmira, cidade na província central de Homs e onde estão alguns dos locais mais venerados do Oriente Médio. A cidade foi tomada pelo grupo em maio passado.
Palmira é a principal cidade de uma rodovia que liga cidades controladas pelo governo, como Homs e a capital, Damasco, a Deir Ezzour, uma cidade dividida entre o regime e o Estado Islâmico. A cidade antiga de Palmira fica ainda em uma região de estradas que levam para o Iraque, onde militantes controlam algumas passagens fronteiriças entre os territórios sírio e iraquiano, e também de estradas que seguem para o sul da Jordânia.
O grupo extremista já usou as ruínas arqueológicas de Palmira como cenário para execuções, além de destruir várias dessas ruínas. Os militantes destruíram, por exemplo, o Templo de Bel, de 2 mil anos, qualificado pela Unesco como uma das mais importantes edificações religiosas daquela era. Para os extremistas, esses locais promovem a idolatria. A diretora-geral da Unesco, Irina Bokova, disse na quinta-feira (24/3) que desejava ir à Síria e avaliar os estragos na cidade “assim que as condições de segurança permitam”.