Primeira reunião para chegar a acordo de paz na Síria termina com progressos
As negociações indiretas incluem uma delegação que representa o Governo e outra que representa a oposição
atualizado
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A primeira reunião entre representantes do governo da Síria e o enviado da Organização das Nações Unidas (ONU), Staffan de Mistura, que lidera a iniciativa diplomática para acabar com a guerra na Síria, fez progressos, disseram ambos os lados, marcando o início formal das negociações.
A reunião, que na maior parte discutiu questões processuais, foi “positiva e construtiva” e lançou as bases para discussões mais substantivas, disse Bashar al-Jaafari, enviado da Síria à ONU e chefe da delegação do governo em Genebra, na Suíça. “Foi uma reunião útil e acho que esclareceu um monte de problemas”, disse Staffan de Mistura.
No início desta segunda-feira (14/3), Staffan admitiu que o governo sírio e a oposição ainda estavam distantes um do outro, o que representa o principal desafio para os diplomatas que estão mediando as negociações indiretas. O enviado da ONU alertou ainda que esta reunião seria crucial para se chegar a um acordo e que caso as negociações fracassassem, poderia levar a um fortalecimento da atual guerra síria, que amanhã completa cinco anos.
Segundo Staffan, as reuniões de hoje foram o início de três rodadas de negociações que ele esperava que resultem em “um roteiro claro” a um novo governo na Síria. Durante 10 dias, ele irá alternar reuniões diárias com as delegações do governo e da oposição. “O principal ponto que destaquei foi a inclusão”, disse de Mistura, depois de sua reunião com a delegação do governo.
As negociações indiretas incluem uma delegação que representa o Governo e outra que representa a oposição. O enviado vai se reunir formalmente com a delegação da oposição na terça-feira, e mais uma vez com o lado do governo na quarta-feira. Ele disse, no entanto, que as reuniões irão ampliar a inclusão de outras partes interessadas no conflito de cinco anos para tornar o processo o mais abrangente possível. “Queremos negociar como sírios, com a liderança síria e sem intervenção estrangeira”, disse Jaafari.