Presidente da Islândia rejeita pedido do premiê para convocar eleições
O presidente da Islândia, Olafur Ragnar Grimsson, recusou um pedido do primeiro-ministro, Sigmunder David Gunlaugsson, para dissolver o Parlamento e convocar novas eleições em meio a um escândalo sobre as contas offshore do premiê no caso “Panama Papers”. Gunlaugsson está enfrentando pressão para renunciar em razão de informações sobre negócios financeiros no exterior dele e […]
atualizado
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O presidente da Islândia, Olafur Ragnar Grimsson, recusou um pedido do primeiro-ministro, Sigmunder David Gunlaugsson, para dissolver o Parlamento e convocar novas eleições em meio a um escândalo sobre as contas offshore do premiê no caso “Panama Papers”.
Gunlaugsson está enfrentando pressão para renunciar em razão de informações sobre negócios financeiros no exterior dele e da esposa que parlamentares da oposição dizem mostrar um enorme conflito de interesse com o posto que ele ocupa.
Milhares de islandeses protestaram em frente ao Parlamento na segunda-feira (4/4) exigindo a renúncia do premiê e protestos similares estão planejados para esta noite. Gunlaugsson vai se reunir com o presidente em uma sessão na quarta-feira que deverá ser dominada pelo assunto.
Consulta
No entanto, o presidente afirmou que quer consultar outros líderes partidários antes de concordar com um fim do governo de coalizão formado entre o Partido Progressista de Gunlaugsson e o Partido Independente.
“Eu preciso determinar se existe apoio para uma dissolução do Parlamento dentro da coalizão e entre outros. O primeiro-ministro não pode confirmar isso para mim e, por isso, não estou preparado no momento para dissolver o Parlamento”, disse Grimsson. O presidente pretende se reunir com políticos “em algumas horas”.
Documentos financeiros vazados do escritório de advocacia e consultoria panamenho Mossack Fonseca sugerem que o primeiro-ministro e a esposa criaram uma empresa nas Ilhas Virgens Britânicas. Gunlaugsson é acusado de conflito de interesse por não revelar seu envolvimento com a empresa, que tinha participação em bancos islandeses falidos que seu governo deveria supervisionar.