Premiê da Turquia responsabiliza curdo por ataque que matou 28 pessoas em Ancara
Nove pessoas foram detidas em conexão com o ataque. Segundo Ahmet Davutoglu, suspeito se infiltrou no país para realizar o ataque juntamente com o Partido dos Trabalhadores do Curdistão
atualizado
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O primeiro-ministro da Turquia, Ahmet Davutoglu, disse nesta quinta-feira (18/2) que um militante curdo da Síria realizou o ataque com um carro-bomba que atingiu um comboio militar em Ancara na tarde de quarta (17) e prometeu expandir a guerra da Turquia contra o terror, alertando aliados ocidentais a colaborarem contra os inimigos declarados do país.
Menos de um dia depois do ataque suicida na capital turca que matou pelo menos 28 pessoas e feriu 61, o premiê identificou o atacante como Saleh Najjar, nascido em 1992 na cidade de Amuda na província de Hassakeh, na Síria.
Nove pessoas foram detidas em conexão com o ataque, acrescentou. Segundo Davutoglu, Najjar se infiltrou na Turquia para realizar o ataque juntamente com o Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK), e sua ramificação síria, conhecida como YPG.Nenhum grupo reivindicou a responsabilidade pelo ataque. O premiê da Turquia também criticou os aliados da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) de Ancara, destacando os EUA, por apoiarem a segmentação síria do PKK, como parte do esforço para combater o Estado Islâmico.
Embora Ancara, Washington e Bruxelas listem o PKK como grupo terrorista, os membros da Otan têm destacado o YPG e sírios curdos como forças terrestres mais eficazes do Ocidente na luta contra os extremistas jihadistas.
“O YPG que você apoia atacou nossas vidas, no coração de Ancara”, disse Davutoglu. Um comandante superior da milícia curda, Cemil Bayik do PKK, disse que não sabia o motivo do ataque em Ancara, mas acrescentou que poderia ter sido em retaliação a operações militares turcas contra o grupo no sudeste de maioria curda do país, de acordo com a agência de notícias curda Firat.