Trump cresce em pesquisas e lidera disputa republicana
Empresário é o primeiro colocado entre os republicanos, com 27% de apoio, tomando a liderança que era de Carson na última pesquisa, feita em outubro
atualizado
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O empresário Donald Trump avançou na preferência dos eleitores na disputa pela indicação à presidência dos Estados Unidos pelo Partido Republicano, de acordo com uma nova pesquisa do Wall Street Journal e NBC News. Ele assumiu a liderança da disputa após recuo do pré-candidato Ben Carson. O segundo mais citado na pesquisa é o senador do Texas Ted Cruz.
Trump é o primeiro colocado entre os republicanos, com 27% de apoio, tomando a liderança que era de Carson na última pesquisa, feita em outubro. Cruz foi alçado ao segundo lugar em meio a sinais de que ele conseguiu captar alguns dos eleitores que eram de Carson. O senador da Florida Marco Rubio ocupa a terceira colocação na pesquisa.
Carson, um neurocirurgião aposentado, saiu da liderança para a quarta posição, ficando com 11% dos eleitores ante 29% na pesquisa de outubro. Carson tropeçou em alguns temas de política externa no momento em que os ataques terroristas em Paris ganharam atenção dos eleitores republicanos. Críticos passaram a levantar dúvidas sobre sua capacidade de lidar com assuntos internacionais.
As mudanças grandes entre os quadros representados por uma pesquisa e outra são um indicativo de que parte dos republicanos ainda está buscando definições, a menos de dois meses do início do processo de indicação do candidato.
A taxa de 27% de apoio obtida por Trump foi a mais alta desde o início das pesquisas do Wall Street Journal e da NBC este ano. Em outubro, ele tinha 23% de apoio. Os resultados continuam a desafiar a expectativa de muitos analistas de que a candidatura do empresário e celebridade da televisão iria desbotar ao longo do tempo.
A pesquisa sugere ainda que uma nova dinâmica surgiu na disputa, com Cruz despontando como uma força. Ele saiu de uma aprovação por 10% dos eleitores republicanos na pesquisa de outubro para um patamar de 22%. É a primeira vez que ele aparece na segunda colocação nas pesquisas desde o início da campanha.
Cruz tem cortejado eleitores evangélicos, os quais também vinham sendo atraídos pela pré-candidatura de Carson. O apoio a Cruz entre os eleitores que apoiam o casamento tradicional e são contrários ao direito de aborto atingiu 27% ante 14% em outubro. Ao mesmo tempo, o apoio de Carson nesse grupo de eleitores caiu para 14% ante 34% em outubro.
Da mesma forma, o apoio de Cruz entre eleitores que se consideram “muito conservadores” cresceu 23 pontos porcentuais, enquanto o apoio de Carson nesse grupo caiu os mesmos 23 pontos.
A pesquisa deixou poucas razões para comemorar na campanha do ex-governador da Flórida Jeb Bush, que há muito tempo vinha sendo considerado o favorito. Ele foi escolhido por 7% dos eleitores republicanos.
A pesquisa foi conduzida entre os dias 6 e 9 de dezembro e capturou respostas de eleitores antes e depois da recente e controversa declaração de Trump sobre a imigração de muçulmanos. Na última segunda-feira, 7, ele defendeu que os Estados Unidos deveriam banir os muçulmanos de entrar no país temporariamente. Uma pesquisa detectou que 57% dos norte-americanos eram contrários à proposta enquanto, entre os republicanos, 38% apoiavam e 39% se opunham.
A pesquisa do Wall Street Journal e NBC News entrevistou mil pessoas e tem uma margem de erro de 3,1 pontos porcentuais para mais ou para menos.