EUA e UE evitam posição sobre afastamento de Dilma
Na América do Sul, o tom geral foi de desconforto. Os presidentes da Venezuela, Nicolás Maduro, e da Bolívia, Evo Morales, chamaram o impeachment de golpe
atualizado
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O afastamento da presidente Dilma Rousseff provocou diferentes reações no âmbito internacional. Nos Estados Unidos e na União Europeia, a diplomacia e manutenção do bom relacionamento se destacam, independentemente da troca na presidência. “Nós temos uma boa relação cooperativa e muitos projetos de interesse mútuo, como em segurança e defesa, migração e antiterrorismo”, disse o porta-voz da UE à reportagem
Na Grã-Bretanha, a posição foi semelhante. Um porta-voz do Ministério de Relações Exteriores afirmou que está monitorando os desenvolvimentos políticos do País. “Esse é um tema interno para os cidadãos do Brasil e seus representantes eleitos, sobre o qual não gostaríamos de fazer comentários adicionais”, disse.
Já a porta-voz do Departamento de Estado dos EUA, Elizabeth Trudeau, em entrevista à imprensa, comentou que os dois países mantêm uma forte relação bilateral. “Nós cooperamos com o Brasil em várias questões, como comércio e meio ambiente e esperamos que isso continue”, declarou.
Numa outra entrevista, o porta-voz da Casa Branca, Josh Earnest, declarou que os Estados Unidos estão com o Brasil, mesmo nestes momentos desafiadores.
Na América do Sul, o tom geral foi de desconforto com o afastamento de Dilma Rousseff. O Secretário-Geral da União de Nações Sul-Americanas (Unasul), o colombiano Ernesto Samper, afirmou que a região vive um momento difícil.
Os presidentes da Venezuela, Nicolás Maduro, e da Bolívia, Evo Morales, chamaram o impeachment de golpe.