Congresso na Coreia do Norte deve reforçar poder do líder do país

Pyongyang — O partido governista da Coreia do Norte se prepara para conceder seu principal título ao líder do país, Kim Jong Un, em mais um sinal de que ele segue firme no controle da ditadura comunista, mesmo diante do isolamento internacional por causa do programa nuclear norte-coreano.

A estatal Agência de Notícias Central Coreana afirmou neste sábado (7/5) que a agenda do congresso do partido inclui a eleição de Kim para um graduado posto. Também estão na pauta a eleição do novo comando central da sigla, a revisão dos trabalhos do Comitê Central e da Comissão de Auditoria Central do partido e a revisão de regras partidárias.

A decisão de colocar formalmente — ou talvez simplesmente confirmar — Kim como principal nome do partido é um passo que foi tomado com o pai e o avô dele, que mantiveram o título de secretário-geral do Partido dos Trabalhadores. A medida é em grande medida simbólica e demonstra o controle do jovem líder sobre o país.

Eternamente no comando
Kim já é o líder do partido, mas isso será reforçado com o título de primeiro-secretário. O pai dele, Kim Jong Il, tem o título póstumo de “eterno secretário-geral”, e o avô, Kim Il Sung, é o “eterno presidente”.

Kim abriu o luxuoso congresso com um breve discurso na sexta-feira (6/5). O evento tratou dos avanços da Coreia do Norte para desenvolver armas nucleares e foguetes capazes de colocar satélites em órbita. O congresso anterior do tipo no país havia ocorrido em 1980.

O líder qualificou o evento como “histórico”. Mais de 100 jornalistas estrangeiros foram convidados a cobrir o congresso, mas nenhum deles teve acesso ao local da convenção. Em vez disso, foram levados para conhecer fábricas, hospitais e sítios históricos. Kim assumiu o poder em 2011, após a morte do pai.