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Família é presa por velar mulher viva em funerária para esperar morte

Justiça determinou a prisão preventiva da filha, do marido e de uma tia da vítima, por tentativa de homicídio e feminicídio

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caixão enterro velório
1 de 1 caixão enterro velório - Foto: iStock

A boliviana Carmen del Pilar Chacón, de 64 anos, padecia, gravemente, de uma série de doenças em La Paz, capital de seu país: pneumonia, diabetes, hipertensão e anemia. Inconsciente e internada em um hospital da cidade, ela foi retirada da unidade de saúde por uma filha. O motivo? Velar o corpo da mãe em uma funerária, para “esperar pela morte”.

Depois de passar 18 horas sobre uma mesa e coberta por uma manta, Carmen Chacón foi encontrada pela polícia viva e rodeada por familiares “de luto” na quarta-feira (2/8). Adiantar o velório dela custou caro para a filha e outros dois parentes: o marido e uma tia dele. De acordo com informações do jornal boliviano La Razón, o trio foi preso, por ordem da Justiça, acusado de tentativa de homicídio e feminicídio.

“Os familiares disseram que haviam recebido (do médico) a informação de que (Chacón) morreria e pediram alta voluntária. Evidentemente foram (à funerária) deixá-la esperando a morte”, contou o promotor de La Paz Edwin Blanco ao diário.

Durante o velório, uma amiga de Carmen Chacón notou que ela ainda estava respirando. “Aproximei-me para ver minha amiga e vi que ela estava com vida em uma mesa, coberta por uma manta”, relatou Escarly Ticona, em sua conta no Facebook. A uma emissora de televisão local, a ATB, ela contou que questionou a filha de Carmen sobre ter levado a mãe à funerária sem que estivesse morta.

“Ela me disse que não poderia levá-la para sua casa porque tem uma filha”, narrou Escarly Ticona.

Reprodução/CTVA polícia também deteve o administrador da funerária onde a mulher era velada. No entanto, o liberou por falta de provas de que tivesse consentido com o ato. O homem contou a ATB que um incidente inusitado como esse jamais havia ocorrido no local.

Repercussão
O caso, rapidamente, causou comoção nacional e se tornou um dos mais comentados na Bolívia. Inclusive por autoridades, como o ministro da Justiça, Héctor Arce. “O que está acontecendo com a nossa sociedade? Por acaso perdemos todos os valores humanos? Exigimos uma profunda investigação”, criticou o chefe da pasta.

Após a confusão, Carmen Chacón foi hospitalizada novamente. O estado de saúde dela permanecia grave até a sexta-feira (4/7). Os médicos que a haviam tratado inicialmente negaram que disseram aos familiares da mulher que ela estava à beira da morte.

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