Criança é estuprada, engravida e é proibida de abortar por ser “nova”
Oito médicos teriam examinado a menina e decidiram que ela deveria dar à luz porque “o feto é viável”
atualizado
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Uma indiana de 10 anos, que teria sido estuprada por seu tio e engravidado dele, foi informada de que é muito jovem para realizar um aborto. A decisão é de um tribunal indiano. Segundo o juiz que decidiu o caso, o aborto não era “uma opção” porque ela é nova e a gravidez está em estágio avançado.
Segundo o jornal britânico Metro, a menina só contou para a mãe sobre o abuso sexual depois que foi levada ao hospital se queixando de dores de estômago e descobriu a gravidez. Ela disse que tinha sido abusada seis vezes pelo tio quando visitou sua casa na Índia.
À publicação, especialistas afirmam que na índia as mulheres não podem fazer o procedimento depois de 20 semanas de gestação, a menos que a vida da mãe esteja ameaçada ou o feto tenha alguma doença genética. Oito médicos teriam examinado a menina e decidiram que ela deveria dar à luz porque “o feto é viável e pode sobreviver mesmo que nasça agora”, disse um dos especialistas à rede CBS.
No entanto, outro médico consultado pela família defende que o aborto deveria “acontecer imediatamente” para proteger o bem-estar psicológico da menina. “Existem riscos e o aborto nesta fase é difícil, mas, para a menina, que ainda está em desenvolvimento, as cicatrizes serão muitas”.
A família da criança considera apelar a decisão em um tribunal superior.