Atirador de Orlando deve ter sido radicalizado pela internet, diz FBI
No entanto, não há nenhum indício concreto de que o plano foi arquitetado fora dos EUA ou que Omar fazia parte de alguma rede
atualizado
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O diretor do Agência Nacional de Investigação (FBI, na sigla em inglês) dos Estados Unidos, James Comey, disse nesta segunda-feira que o atirador responsável por matar 49 pessoas em uma boate gay de Orlando, no último domingo, provavelmente era um radical influenciado pela internet por organizações terroristas de fora do país.
O diretor afirmou ainda que o assassino, que vivia no Estado da Florida, foi identificado pelas autoridades como Omar Mateen. No entanto, não há nenhum indício concreto de que o plano foi arquitetado fora dos EUA ou que Omar fazia parte de alguma rede. “Também não está totalmente claro qual grupo terrorista ele pretendia apoiar”.“Existem fortes indícios de radicalização e uma inspiração potencial por organizações terroristas estrangeiras”, disse Comey, acrescentando que os motivos pelo qual o atirador realizou o ataque ainda são desconhecidos.
Segundo Comey, Omar Mateen proferiu gritos incongruentes durante o ataque no qual ele jurou apoio ao grupo terrorista Estado Islâmico (EI), aos bombardeiros da Maratona de Boston e a um homem-bomba ligado a um grupo em conflito com os jihadistas no Iraque. Intolerância à homossexualidade também é uma hipótese considerada pelos agentes do FBI.
O serviço de inteligência norte-americano investigou Omar Mateen por duas vezes. A primeira investigação começou em maio de 2013, quando ele trabalhava como segurança de um tribunal local. À época, ele teria dito aos colegas de trabalho que tinha familiares ligados ao Al-Qaeda e que era membro do Hezbollah. Ambos os grupos são adversários do Estado Islâmico.
“Ele admitiu ter feito as declarações que seus colegas de trabalho relataram, mas explicou que fez por raiva, porque achava que seus colegas estavam o discriminando e provocando por ser muçulmano”
Jame Coney
Em julho de 2014, Mateen voltou a ser observado pelo FBI após o serviço de inteligência iniciar as investigações de um homem-bomba na Florida ligado a um grupo fiel a Al-Qaeda. Ele chegou a ser interrogado, mas a única conexão com o suicida foi dada como casual por frequentarem a mesma mesquita.