Assessores de Trump tentam minimizar telefonema com presidente de Taiwan
Conversa com Tsai Ing-wen tem sido apontada como um sinal de ruptura da política norte-americana com a China
atualizado
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Representantes da equipe de transição do presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, tentaram minimizar as preocupações em torno da ligação telefônica ocorrida na sexta-feira (2/12) entre o republicano e a presidente de Taiwan, Tsai Ing-wen, conversa que tem sido apontada como um sinal de ruptura da política norte-americana com a China.
“Este não é desvio massivo de nossa política”, disse o novo chefe da equipe da Casa Branca, Reince Priebus, neste domingo (4). “Mas o Presidente Trump deixou claro que ele vai trabalhar com (a República Popular da China) para ter certeza de que teremos um acordo melhor, que teremos melhores acordos comerciais”, acrescentou.Em entrevista à rede de televisão CBS, Priebus disse que Trump “sabia exatamente o que estava acontecendo” quando ele entrou em contato com Tsai Ing-wen. Enquanto isso, o vice-presidente eleito, Mike Pence, disse à ABC News: “Ele aceitou a ligação, aceitou seus parabéns e bons desejos, e foi precisamente isso”.
“Isso não foi nada mais do que atender a uma chamada de cortesia de parabéns da líder democraticamente eleita de Taiwan”, emendou
Pressionado sobre se o contato poderia causar implicações para a longa política “Uma China” de não estender o reconhecimento diplomático para a ilha, Pence insistiu: “vamos lidar com a política depois de 20 de janeiro. Esta foi uma chamada de cortesia”.
Uma série de questões globais que exigem cooperação entre Pequim e Washington – desde a gestão da economia global até a mudança climática – ficará mais difícil se a chamada de sexta-feira resultar em uma mudança de política assim que Trump assumir o cargo. Taiwan não é governada pela China desde uma guerra civil há mais de 60 anos.