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Em Brasília, Cruzeiro vence Brasil Kirin e é o campeão da Superliga

Equipe masculina de vôlei levou o quinto título da competição, em partida muito disputada. Apesar de perder, time paulista foi guerreiro e poderia ter ficado com o troféu

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1 de 1 volei superliga - Foto: Michael Melo/Divulgação

Com o Ginásio Nilson Nelson lotado com mais de 9 mil torcedores, bem mais azul do que branco e digno de uma final de campeonato, Sada Cruzeiro (MG) e Brasil Kirin (Campinas-SP) se enfrentaram, na manhã deste domingo (10/4), e fizeram uma partida inesquecível para quem estava assistindo. O vôlei de alta qualidade das duas equipes trouxe a Brasília jogadas disputadas, placar apertado, pontos de saque, viradas e ralis.

No final, o favorito ficou com a taça: 3 sets a 1 para o Cruzeiro, parciais de 23 a 25, 25 a 23, 25 a 15 e 30 a 28. Com mais essa conquista, o time mineiro chegou a quatro títulos da Superliga Masculina. Já o Brasil Kirin, que está na competição há apenas seis anos, participou pela primeira vez de uma final ficando com o vice-campeonato. O terceiro foi o Taubaté que mandou os jogadores Lucarelli e Rapha a Brasília para pegar o troféu.

O jogo
Quando a partida começou, o equilíbrio deu o tom do jogo. Ninguém conseguia ficar à frente e os destaques nos primeiros pontos foram mesmo o ace (ponto de saque) do Cruzeiro, fazendo 4 a 4, e as jogadas rápidas da equipe de Campinas. Na metade do set, a equipe mineira chegou a abrir quatro pontos de diferença com ataques precisos, mas a vantagem parou no bloqueio do time paulista: 14 a 13.

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Do lado do Cruzeiro, Wallace era um dos melhores, tanto no ataque e até mesmo nos bloqueios. O xará do Brasil Kirin também fazia um bom jogo, mas a equipe estava mais uniforme, assim como durante todo o campeonato. No fim do primeiro set, Campinas conseguiu pela primeira vez abrir dois pontos no marcador: 21 a 19. O time manteve-se com a vantagem até fechar em 25 a 23, com ponto de Lucas Lóh, depois de 30 minutos de jogo.

O Cruzeiro começou o segundo set fazendo 1 a 0. Depois da discussão se o ataque do Brasil Kirin tinha caído dentro ou fora da quadra, a arbitragem deu bola fora e o ponto para os mineiros. Mas logo a garra do Brasil Kirin reapareceu e o time fez 6 a 4. As equipes, assim como no primeiro set, se revezavam à frente do marcador. O jogo era mesmo disputado, tanto que o 12º ponto dos paulistas só veio depois de um bonito rali das duas equipes: 12 a 12.

Melhor no bloqueio, o Brasil Kirin não deixava o Cruzeiro distanciar. Nos pontos finais, o Kirin passou à frente, depois de ace de Wallace: 21 a 20. Mas foi o Cruzueiro quem chegou ao set point e fechou o segundo set, também com ace: 25 a 23. O terceiro set começou como os outros dois, bem disputado. Mais concentrado e encaixando melhor as bolas, o Cruzeiro começou a distanciar: 8 a 4, depois de um erro de recepção do Campinas.

Perder o segundo set desequilibrou o Brasil Kirin. Atordoado, o time viu o Cruzeiro abrir seis pontos ainda na metade do set, e a vantagem foi só aumentando. A equipe mineira chegou a fazer 23 a 14, com destaque para as boas jogadas de Leal, fechando o terceiro set em 25 a 15. Virada: 2 sets a 1 para o Cruzeiro. Assim, o quarto set era decisivo. Se o Cruzeiro vencesse, já levaria o título. Era tudo ou nada para a equipe do Brasil Kirin.

Concentração
Sabendo disso, a equipe paulista voltou à quadra mais concentrada e jogando melhor que no set anterior. A igualdade voltou a dar o tom do jogo: 5 a 5. O Cruzeiro começou a abrir uma vantagem, mas desta vez era pequena: 14 a 12. No fim do set, o Brasil Kirin até a ultrapassou o time mineiro em dois pontos, mas logo a vantagem desapareceu. O set foi se estendendo, os mineiros tentando fechar o jogo e os paulistas tentando levar a decisão para o tie-break. Mas acabou falando mais alto a experiência: quarto set 30 a 28, 3 sets a 1 para o Cruzeiro que é o campeão 2016 da Superliga Masculina de Vôlei.

Depois da partida, o oposto Wallace, do Campinas, preferiu não lamentar o resultado. Emocionado, ele destacou a partida deste domingo. “Faltou pouco e, neste momento, nós só sentimos orgulho e satisfação.”

O levantador William, do Cruzeiro, lembrou o ano campeão do time. “Foi um excelente jogo, de alto nível, que mostra que nos não acomodamos. Foi um ano perfeito, seis campeonatos e seis títulos.”

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