Medalista no boxe, Clelia é suspensa por 2 anos por doping e perde Rio-2016
Clélia foi flagrada pelo diurético furosemida, usualmente utilizado para mascarar substâncias dopantes, num exame surpresa
atualizado
Compartilhar notícia
Medalhista de bronze no Mundial Feminino de Boxe de 2014, Clélia Costa está fora dos Jogos Olímpicos do Rio. A boxeadora paulistana, que havia sido suspensa por seis meses por doping em julgamento em dezembro do ano passado, voltou ao Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) do Boxe na noite de segunda-feira e, desta vez, foi afastada por dois anos. Agora, ela só pode recorrer à Corte Arbitral do Esporte (CAS), na Suíça, que não costuma ser benevolente com doping.
Clélia foi flagrada pelo diurético furosemida, usualmente utilizado para mascarar substâncias dopantes, num exame surpresa. Inicialmente, levou seis meses de suspensão, em punição considerada branda tanto pela Confederação Brasileira de Boxe (CBBoxe) quanto pela Autoridade Brasileira de Controle de Dopagem (ABCD), que promoveu o teste e queria quatro anos de punição à boxeadora.
Como a coleta foi realizada em 19 de setembro do ano passado, a boxeadora fica oficialmente suspensa até a mesma data de 2017. De acordo com Mauro Silva, presidente da CBBoxe, Clélia culpou a namorada pelo doping. “Ela explicou que a namorada dela que acabou colocando (o diurético) em uma bebida para ela tomar. Ela admite dessa forma.”
Clélia já havia sido estranhamente retirada do Pré-Pan, evento classificatório para os Jogos Pan-Americanos, em junho. A versão oficial é que ela sentiu-se mal pouco antes da estreia e decidiu não lutar. Se subisse ao ringue e vencesse o combate, conquistaria vaga para o Pan.
Pelo modelo de seleção permanente, a CBBoxe só tem mais uma atleta para lutar na mesma categoria de peso: a também paulista Graziele Jesus. Erica Mattos, que defendeu o Brasil em Londres-2012 e se afastou do esporte para ter um filho com Robson Conceição, estava em vias de ser convocada para voltar à seleção.