No boxe, Adriana Araújo e mais cinco atletas são convocados para o Rio-2016
A baiana ficou com o único convite dado ao boxe feminino brasileiro. No masculino os nomes escolhidos foram Patrick Lourenço, Julião Neto, Robenilson Jesus, Joedison Teixeira, Chocolate e Michel Borges
atualizado
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A Confederação Brasileira de Boxe (CBBoxe) oficializou, na manhã desta quinta-feira (10/3), os nomes dos seis pugilistas convocados para utilizarem as vagas destinadas ao país-sede dos Jogos Olímpicos do Rio. A relação é tem como principal destaque a medalhista olímpica de bronze em Londres-2012 Adriana Araújo, da categoria leve. A baiana ficou com o único convite dado ao boxe feminino brasileiro.
No masculino os nomes escolhidos foram o mosca ligeiro Patrick Lourenço, o mosca Julião Neto, o galo Robenilson Jesus, o meio-médio ligeiro Joedison Teixeira, o Chocolate, e o meio-pesado Michel Borges. O leve Robson Conceição já havia conseguido a vaga nominal pelo quarto lugar no Mundial Amador do ano passado.
No feminino, são duas vagas por categoria e o Brasil estará representado pela peso mosca Graziele de Jesus e pela meio-pesado Andreia Bandeira. Clelia Costa e Roseli Feitosa, que foram medalhistas em Mundiais nessas respectivas categorias estão cumprindo suspensão por doping.
Com as escolhas divulgadas nesta quinta, a comissão técnica deixa claro que preferiu garantir na Olimpíada os boxeadores com mais chance de tentar lutar por uma medalha. A CBBoxe tinha a opção de colocar esses pugilistas para brigar pela vaga no Rio-2016 nos Pré-Olímpicos, com boa chance de sucesso, e levar os demais por convite, possibilitando uma delegação maior na Olimpíada.
Estatuto
Em meio a uma polêmica sobre a possibilidade de a Aiba alterar seu estatuto em maio e permitir a participação de boxeadores profissionais já nos Jogos Olímpicos do Rio, a CBBoxe fechou as portas para Everton Lopes (campeão mundial amador em 2011 e bronze em 2013) e Yamaguchi Falcão (bronze olímpico em 2012). Ao indicar Chocolate e Michel Borges para a Olimpíada, o Brasil não terá mais como substituir os escolhidos nas categorias que esses profissionais se encaixam.
Por outro lado, segue viável a participação de Esquiva Falcão nos Jogos Olímpicos do Rio. Prata em Londres, ele luta entre os médios, cujo titular da seleção era Myke Carvalho. Mas o paraense, que iria à sua quinta Olimpíada, quebrou o osso do antebraço no mês passado e decidiu se aposentar. O baiano Pedro Lima foi chamado às pressas para se juntar à equipe permanente que treina em São Paulo e a CBBoxe optou por não dar-lhe a vaga olímpica de “mão beijada”.
Caso Pedro Lima não consiga a classificação a partir do Pré-Olímpico das Américas e a Aiba altere seu estatuto em maio com efeitos imediatos, Esquiva poderia ser escalado para lutar o Pré-Olímpico Mundial, que acontece em junho, no Azerbaijão, distribuindo mais cinco vagas por categoria.
No feminino o Brasil tem direito a só um convite e optou por utilizá-lo com Adriana Araújo. Bronze em Londres, ela deixou a seleção por desentendimentos com o presidente Mauro Silva, mas retornou à equipe depois de intermediação do Ministério do Esporte e do Comitê Olímpico do Brasil. A baiana sequer era titular absoluta da sua categoria, vinha de maus resultados, mas venceu a disputa direta contra Tayna Cardoso.