Sem Temer, vaias vão para Paes no encerramento da Rio-2016
Paes havia sido amplamente elogiado por Thomas Bach, presidente do Comitê Olímpico Internacional (COI), que o classificou de “grande líder”. Mas, no Maracanã, o prefeito carioca foi alvo de vaias
atualizado
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Michel Temer, presidente interino, conseguiu evitar as vaias ao não ir ao Maracanã, na noite deste domingo. Mas Eduardo Paes, prefeito do Rio de Janeiro, não. Como manda o protoloco, o prefeito foi obrigado a estar no pódio para passar a bandeira olímpica para Tóquio, próxima sede dos Jogos Olímpicos, na cerimônia de encerramento da Olimpíada do Rio.
Paes havia sido amplamente elogiado por Thomas Bach, presidente do Comitê Olímpico Internacional (COI), que o classificou de “grande líder”. Mas, no Maracanã, o prefeito carioca foi alvo de vaias.
Assim como ocorreu na abertura, o COI e o Rio-2016 tentaram ao máximo evitar a exposição de políticos. Ao iniciar o evento, apenas o presidente da entidade olímpica, Thomas Bach, foi anunciado ao público, que o aplaudiu. Rodrigo Maia, presidente da Câmara dos Deputados e representante do governo Temer, apenas apareceu ao seu lado.
A festa de encerramento foi marcada por muita música. Mas também pela forte ausência de políticos. Numa ala vip que sofria com cortes de luz, apenas oito chefes de estado ou de governo estiveram na festa, dos quais pelo menos três eram membros do COI e obrigados a estar na festa.
Ausente na festa de encerramento da Olimpíada depois de ser vaiado na cerimônia de abertura, Temer mandou uma carta ao primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, entregue pelo presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ). A ausência de Temer causou constrangimento entre o governo e a comitiva japonesa, porque havia a expectativa de um encontro bilateral com o presidente.
O governo brasileiro ofereceu ao primeiro-ministro japonês a opção de descer em Brasília, para uma reunião com Temer, antes de seguir para o Rio. O governo japonês, no entanto, disse que não poderia aceitar o convite porque a programação de Abe já estava fechada e ele passaria apenas 18 horas no Brasil.
“Confio que poderemos encontrar-nos proximamente. Teremos sempre a beneficiar-nos do diálogo franco e aberto sobre nossa diversificada agenda bilateral e sobre temas globais de interesse comum”, disse Temer, na carta. O presidente em exercício desejou sucesso na realização dos Jogos Olímpicos de 2020, que serão disputados em Tóquio.
Diferentemente da cerimônia de recepção aos chefes de Estado e de governo, antes da festa de abertura dos jogos, quando Temer recebeu 40 autoridades no Palácio do Itamaraty, no Centro do Rio, o coquetel deste domingo reuniu poucos líderes e que foram recebidos pelos ministros das Relações Exteriores, José Serra, e do Esporte, Leonardo Picciani, e pelo presidente da Câmara.