Não houve assalto, sim “confusão”, diz polícia sobre nadadores dos EUA

O caso do suposto assalto a nadadores americanos no Rio de Janeiro tem sofrido reviravoltas por minuto. Depois de encontrar contradições nas versões dos atletas e de impedir dois deles de voltar aos EUA – Ryan Lochte voou para casa na terça-feira (15/8) à noite – a polícia agora diz que não houve assalto, e sim uma “confusão” em um posto de gasolina na Avenida das Américas, na Barra da Tijuca.

Em depoimento, seguranças do estabelecimento disseram que o táxi onde eles estavam parou no posto para que eles usassem o banheiro. Eles teriam danificado a porta e queriam ir embora sem pagar o prejuízo.

Segundo a revista “Veja”, um cliente do posto, que é policial, tentou segurar o grupo e disse que chamaria a polícia. O telefonema para o 190 foi feito, mas demorou e os nadadores ameaçaram a fugir correndo. Armado, esse cliente teria mandado que parassem. Três se jogaram ao chão, menos Lochte. Depois de um acordo, eles pagaram o dano.

Ainda de acordo com a revista, os próprios funcionários do posto não perceberam, num primeiro momento, que os homens que destruíram a porta do banheiro eram os nadadores americanos. “Só na terça-feira vimos que aqueles baderneiros filmados pelo posto aqui eram os mesmos da história do assalto. Não teve assalto algum. Eles inventaram isso porque estão com vergonha do que fizeram”, disse um funcionário ao site da “Veja”.

O posto de gasolina liberou as imagens da câmera de segurança para ajudar a polícia definir a ordem cronológica dos fatos. O vídeo foi divulgado pelo RJTV.

Nova versão
A versão do segurança vai na mesma linha da nova entrevista dada pelo nadador Ryan Lochte, que já está de volta aos EUA. Na noite de quarta-feira (17/8), em entrevista para a NBC News, ele mudou a versão original e contou ao jornalista Matt Lauer, que eles estavam usando o banheiro de um posto de gasolina e, ao voltar para o táxi, o motorista se recusou a dirigir.

Segundo o nadador, eles teriam sido assaltados nesse momento, quando um homem armado pediu que eles saíssem do carro e se deitassem no chão. Segundo a Polícia Civil, o inquérito sobre o caso pode ser concluído ainda nesta quinta-feira (18/8).