Maioria dos cariocas não dá a mínima para as Olimpíadas, diz pesquisa

O Rio de Janeiro está em festa. Nesta sexta-feira (5/8), serão abertos, oficialmente, os Jogos Olímpicos de 2016, cujo palco principal é a Cidade Maravilhosa. Nas redes sociais e na imprensa, sobram relatos de comemorações e de integração entre turistas das mais diversas nacionalidade. O carioca, certamente, está contente, correto? Aparentemente, não.

A maioria da população local não está interessada nos Jogos que, pela primeira vez, são realizados em território nacional. É o que mostra levantamento divulgado nesta quinta-feira (4) pelo instituto Paraná Pesquisas. Segundo a sondagem, 75,8% dos entrevistados estão pouco ou nada interessados na competição. Apenas 21,1% se dizem interessados ou muito interessados. Outros 3,1% não souberam ou não quiseram opinar.

A pesquisa foi realizada entre os dias 27 e 31 de julho e entrevistou 900 moradores do Rio de Janeiro. A margem de erro é de 3,5%, para mais ou para menos.

Essa avaliação vem seguida de uma percepção de que a sede dos Jogos não está preparada para receber o evento. De acordo com o instituto, 79,3% dos entrevistados avaliaram que a cidade não fez o dever de casa, ante 16,6% que avaliam a questão positivamente. Não souberam ou não quiseram opinar 4,1%. Mais da metade dos entrevistados tampouco acha que a realização do evento trará benefícios para a cidade.

Para 58,8% dos entrevistados, os Jogos trarão mais prejuízos do que benefícios para a cidade ante 34,8% que pensam o oposto. Um total de 6,4% não soube ou não quis opinar.

Houve também uma percepção de aumento da inflação no período. Na cidade, 72% acreditam que os preços praticados estão mais altos; 24,2% avaliam que está a mesma coisa; e 0,3% dizem que estão mais baixos. Não souberam ou não opinaram 3,4%.

A população está dividida, no entanto, com relação a como lidar no dia a dia com a realização do evento. Para 49,4%, será necessário mudar algo na rotina, enquanto 46,2% dizem que não pretendem alterar nada nas tarefas cotidianas. Dizem que talvez mudarão algo 1,8% dos entrevistados, e 2,6% não souberam ou não opinaram.