Estreia do Brasil nas Olimpíadas tem cambistas e longas filas
Apesar de proibida, a venda de ingressos correu solta na entrada do Estádio Nacional Mané Garrincha. O Metrópoles listou sete problemas que a torcida enfrentou nesta quinta-feira (4/8) e um “golzinho” para descontar. Afinal, nem tudo foi reclamação
atualizado
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A realização da Copa do Mundo de 2014 na capital federal parece não ter sido de grande valia para as autoridades públicas subirem ao pódio no quesito organização. Na primeira prova de Brasília nestas Olimpíadas, o DF queimou a largada.
De cambistas trabalhando livremente a longas filas ao redor do estádio, os torcedores esbarraram em uma série de problemas durante a estreia da Seleção Brasileira contra a África do Sul, no Mané Garrincha, nesta quinta-feira (4/8).Confira os sete gols contras e o gol a favor neste primeiro dia de Jogos Olímpicos no DF.
1 – Filas… de novo
Os torcedores que não chegaram cedo para acompanhar a partida entre Brasil e África do Sul, marcada para as 16h, tiveram que ter paciência para entrar no Estádio Mané Garrincha. Vinte minutos depois do início da partida, ainda havia filas para passar pela revista e pelos equipamentos de raios X. Parece que não aprendemos a lição com a Copa de 2014…
2 – Cambistas fazendo a festa
Apesar de esse tipo de comércio ser proibido, muitos torcedores recorreram aos cambistas para comprar as entradas, que eram vendidas de R$ 100 a R$ 250. Os vendedores agiam livremente em volta do Mané Garrincha.
3 – Do you speak english?
Do lado de dentro, muitos torcedores reclamaram da dificuldade de encontrar os locais onde deveriam ficar sentados. Estrangeiros reclamaram que havia poucos voluntários que falavam inglês.
4 – Tem, mas acabou!
Alguns bares ficaram sem bebidas e alimentos antes de a partida começar. Apesar da correira para reabastecer os estabelecimentos, a demora irritou muitos torcedores.
5 – Maquiagem no gramado
Embora esse problema tenha afetado mais os jogadores, chamou a atenção — negativamente — tanto de quem estava no Mané Garrincha quanto de quem acompanhava a peleja via TV. Não é segredo de ninguém que o gramado do estádio não é lá essas coisas. Apesar do esforço dos organizadores para apresentar um bom tapete, era possível ver irregularidades. Para maquiar os buracos, uma areia verde foi jogada no intervalo de Brasil x África do Sul. Mas nem assim diminuiu a vergonha.
6 – Sujeira pra todo lado nos banheiros
Os banheiros masculinos e femininos estavam bem sujos. A reportagem do Metrópoles flagrou vasos sanitários entupidos, falta de sabonete e de papel higiênico, além de muito lixo jogado no chão.
7 – Olho da cara
Uma cerveja: R$ 13. Um refrigerante: R$ 10. Um cheeseburguer: R$ 18. É o Brasil com preço em euros!
…E o golzinho de honra
Em meio a contratempos, a alegria da galera fez a diferença. Ao sediar, mais uma vez, um evento esportivo internacional de grande porte, a população acolheu os turistas, manteve a civilidade e torceu muito. No Mané Garrincha, milhares de famílias comprovaram aquela máxima batida de que “o melhor do Brasil é o brasileiro”. No cenário doméstico, não temos dúvida: o melhor de Brasília é o brasiliense.