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Novela “Sol Nascente” aposta em cenário paradisíaco e enredo solar

Com clima praiano, a nova novela das 18h estreia nesta segunda (29/8), na Globo

atualizado

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TV Globo / João Miguel Junior
antonelli novela sol nascente
1 de 1 antonelli novela sol nascente - Foto: TV Globo / João Miguel Junior

Saem a cidade e o campo da bem-sucedida novela “Êta Mundo Bom!”, de Walcyr Carrasco. Entra o cenário de praia de Sol Nascente, de Walther Negrão, Suzana Pires e Júlio Fischer, novo folhetim das 6 que estreia nesta segunda-feira, 29, na Globo. Negrão coleciona sucessos como autor com essa combinação de praia como pano de fundo, enredo leve, solar, e elenco jovem contracenando com os veteranos, como já o fez em novelas como “Top Model” (1989), “Tropicaliente” (1994) e “Flor do Caribe” (2013). “A gente sempre volta àquilo que deu certo. Fazendo uma relação: eu me dei bem nessa praia, então, vou voltar para essa praia”, brinca Walther Negrão, falando do retorno a esse cenário, em entrevista durante evento de lançamento de Sol Nascente, no Rio

A nova trama gira em torno da história de amizade, que se transforma em amor, de Alice e Mario, vividos por Giovanna Antonelli e Bruno Gagliasso, que contracenam pela primeira vez juntos. Alice, no entanto, não quer misturar as coisas e vai estudar no Japão, onde conhece e se apaixona por César (Rafael Cardoso), que se mostra um rapaz gente boa, mas, na verdade, é mau-caráter. César planeja dar um golpe para tomar a empresa de pescados do pai de Alice, Kazuo Tanaka, enquanto Mario tenta conquistá-la.

Alice e Mario são amigos de infância. Ela é filha do grande amor da vida de Tanaka, que morre e ele acaba adotando a menina. Ele é filho do casal Geppina e Gaetano (Aracy Balabanian e Francisco Cuoco), patriarcas dos De Angeli que vieram ao Brasil fugidos da máfia e conheceram Tanaka assim que chegaram ao País. Daí nasceu uma forte amizade entre as duas famílias. “Eu queria ter duas culturas completamente diferentes, uma extrovertida e outra contida”, conta Negrão.

Luis Melo interpreta Tanaka, um mestiço de japonês e americano, que desembarca no Brasil ainda jovem, mas que se mantém conectado à cultura oriental. O ator não tem ascendência japonesa – aliás, houve na comunidade japonesa quem torcesse o nariz para a escolha dele, saindo em defesa de atores nipônicos para o papel. “Meu trabalho sempre teve influência grande da cultura oriental, já representei no Japão. O que interessa é essa alma japonesa, independentemente de qualquer coisa. Essa maneira de ver o mundo, a compreensão das coisas, a maneira como os conflitos familiares são resolvidos”, avalia Melo. “Me preocupo muito com meu lado interior, entender como é, o comportamento, a filosofia oriental. Ele é oriental na maneira de agir, de se comportar, tanto que a gente não usa nenhum artifício.”

O diretor artístico Leonardo Nogueira explica que eles precisavam de um ator forte para esse papel. “A gente só quis, por vontade do Negrão, prestar homenagem às duas maiores colônias que a gente tem aqui, que é japonesa e italiana. Não estamos aqui para dar aula sobre costumes, não estamos fazendo um documentário”, afirma o diretor. “A gente está contando uma história para falar da amizade, do amor entre os amigos, uma história de amor, leve, mas homenageando essas duas culturas.”

Sol Nascente se passa na cidade fictícia de Arraial do Sol Nascente, no litoral brasileiro. Com cenário paradisíaco, a novela investe em belíssimas tomadas de paisagens, em cenas gravadas em diferentes lugares, como Búzios e Arraial do Cabo. “Queríamos uma cidade de praia que não fosse óbvia. Já fiz novela no Nordeste e em tudo quanto é lugar”, diz Nogueira. “O espectador tem que ter vontade de estar naqueles lugares onde se anda de moto, ter vontade de mergulhar naquele mar. Se pegar o conceito da novela, ela é sensorial, pega o público pela boca, pelas sensações, pela vontade de estar aqui dentro”, conceitua ele.

A trama também marca a volta dos atores Marcello Novaes e Letícia Spiller fazendo par romântico. Os dois, que já foram casados, têm um filho e preservaram a amizade após a separação, não faziam novela juntos desde Zazá, em 1997. “Temos uma relação de amizade, de família. (Reencontrar ele na tela) é muito bom. O Marcello é superparceiro, querido por todos. É uma alegria estar com ele de novo. Foi ele quem me indicou para o papel, ele nem sabia que ia fazer par comigo. Perguntaram para ele: você conhece alguma atriz que canta?. E ele: a Letícia”, conta a atriz. “A gente se dá muito bem trabalhando, fora do trabalho também.” Letícia vive Lenita, dona do bar Rota 94, com o irmão, Ralf Tattoo (Henri Castelli), que é ponto de encontro de motociclistas, onde ela também canta.

Lenita já sofreu por amor. O personagem de Marcello, Vittorio, também. Abandonado pela mulher, o padeiro, filho de Geppina e Gaetano, cuida dos três filhos sozinho. “Ele acabou sendo um pai mais rígido e se fechou no amor, criou uma barreira para se proteger, porque ele se machucou demais. E o personagem da Letícia vem para quebrar esse escudo dele”, explica Marcello Novaes, que também está feliz com o retorno da parceria com Letícia. “Ela é uma pessoa pela qual tenho admiração, acho que esse personagem vai cair como uma luva para ela, porque ela adora e sabe cantar.”

E há ainda reencontro de Marcello com Aracy Balabanian, fazendo mais uma vez filho e mãe – a primeira vez, foi em “Rainha da Sucata” (1990), em que Aracy viveu a inesquecível dona Armênia e Marcello era um de seus ‘filhinhas’. E o ator festeja: “Tenho o maior prazer de estar cercado por essas duas loiras maravilhosas, Aracy e Letícia”.

TV Globo / João Miguel Junior

A atriz carioca Giovanna Antonelli, de 40 anos, fala sobre sua nova personagem, Alice:

Como foi emendar o papel da vilã Atena, em “A Regra do Jogo”, com a Alice, em Sol Nascente?

Tive uns 40 dias de férias e foi um convite irrecusável por várias razões. Minha primeira novela da carreira foi em “Tropicaliente” (1994), de Walther Negrão, era um elenco de apoio. Esse reencontro com o Negrão, fazer mais uma novela dirigida pelo meu marido (Leonardo Nogueira) – é a terceira vez que a gente trabalha junto -, além de amar o que eu faço e ter essa oportunidade, saindo de uma Atena e entrando numa Alice, que é o oposto, para mim, como exercício como atriz, está sendo importantíssimo.

Você já tinha feito outras novelas nesse cenário de praia, não?

“Tropicaliente”, “Corpo Dourado” e “Viver a Vida”, quando eu e Leo nos conhecemos.

E, quando vocês estão nas gravações, conseguem separar as coisas: ele é o diretor e você, a atriz?

Total, é natural para mim. A gente encaixa bem ali no dia a dia no trabalho. Gosto de ser dirigida por ele, trocamos ideias.

Como foi viver Atena, em “A Regra do Jogo”?

Foi fantástico esse trabalho. Me tirou da zona de conforto. E fui para um lugar para onde eu não tinha ido. O (Alexandre) Nero é meu parceiro, a gente já tinha feito “Salve Jorge” junto, e a gente tem esse entrosamento. Eu e o Bruno (Gagliasso), a gente se conhece há anos, mas nunca trabalhamos juntos e sempre quisemos. Então, estar agora juntos vem com um ar de frescor para a gente também. Quando eu peguei a Alice, eu já tinha desligado aquela chave da Atena. Acabou, aí viajei, casa, crianças, marido.

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