Tulipa Ruiz conversa com o Metrópoles sobre novo show em família
Ao lado de Gustavo Ruiz e Luiz Chagas, cantora paulista faz três apresentações na Caixa Cultural neste fim de semana
atualizado
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Cinco meses após se apresentar em Taguatinga pelo projeto Soma Cultural, a paulistana Tulipa Ruiz volta ao DF para uma série de shows marcados para este fim de semana. De sexta (1º/4) a domingo (3/4), a cantora e compositora Tulipa se apresenta no Teatro da Caixa Cultural ao lado do pai, Luiz Chagas, e do irmão, Gustavo Ruiz, ela interpreta as músicas do discos “Efêmera” (2010), “Tudo Tanto” (2012) e “Dancê” (2015).
Ao Metrópoles, a artista falou sobre o trabalho mais recente e a apresentação em Brasília. Confira:
No show deste fim de semana você estará acompanhada apenas do irmão e do pai. Esse formato intimista (e extremamente afetivo) faz diferença no palco?
Como essa formação menor é como se voltássemos para a essência das canções. É muito gostoso, pois assim podemos lidar com o potencial de cada música. Eu gosto bastante de misturar os discos e é um chance de me apresentar ao lado daqueles que são minhas maiores influências musicais.
O repertório do show vai além dos três discos da carreira?
A gente acaba ficando com a tendência de colocar mais músicas do disco recente, porque estamos empolgados. Mas vai rolar uma mistura de tudo que gravei e músicas que o público sempre pede, como “Sushi”, parceria minha com meu pai, e “Às Vezes”, de autoria só dele.
Qual é a diferença essencial de “Dancê” para os trabalhos anteriores?
É o terceiro disco da carreira e o terceiro disco com a banda. Ou seja, é um trabalho que, hoje, tem muito mais cara de ser de um grupo do que de uma cantora. Fiz o disco para ser mais dançante, mas não necessariamente para ser de pista. Queria que o público ouvisse o álbum primeiro com o corpo. E é interessante tocá-lo nesse formato mais enxuto (apenas com Tulipa, Luiz e Gustavo no palco). Dá para notar que o público reage de maneira diferente.
“Efêmera”, seu disco de estreia, foi lançado em 2010. Seis anos depois, qual é o balanço que você faz da sua carreira?
Em “Efêmera” eu estava experimentado. Não tinha a menor expectativa e nem sabia se queria ser mesmo cantora. Daí, de uma hora para outra, tive que entender que aquele era meu ofício. Hoje, sei que a música é a minha vida.
João Donato participa da faixa “Tafetá”, de “Dancê”. Qual é sua relação com pianista?
É uma relação de fã. Cresci ouvindo ele. Conheço o filho dele, Donatinho, há muito tempo, mas só agora ficamos muito próximos. Uma vez tocamos juntos numa coletiva do Rock in Rio. Antes da apresentação, ele chegou com a partitura da música “Efêmera”. Ficamos encantados. Quando o Gustavo mandou “Tafetá” pra mim, sem a letra, na hora pensei em algo que fosse a cara do Donato. Convidamos ele para participar da faixa e ele topou tocar e cantar nela. Foi incrível.
Alguns críticos musicais acreditam que “Dancê” tem uma pegada oitentista. É isso mesmo?
Tem sim, mas não foi intencional. É uma das camadas do disco e uma das minhas várias influências. O disco que mostra melhor minhas referências é “Efêmera”, justamente por ser o de estreia e revelar as minhas experiências. Para fazer “Dancê”, eu e os integrantes da banda passamos 15 dias pensando nos arranjos. Foi uma construção coletiva. Por isso, o disco tem as influências de todos integrantes.
Quais são os projetos para os próximos meses?
Ainda não estou pensando em novos trabalhos. “Dancê” tem pouco tempo de estrada e ter ganhado o Grammy Latino me fez ter mais vontade de rodar com o disco. Preciso levá-lo para estados que ainda não o apresentei e para o exterior. Até o fim do ano, lançamos a versão vinil do álbum e em paralelo a tudo isso, sigo com os shows do projeto “Dia a Dia, Lado a Lado”, com Marcelo Jeneci.
Tulipa Ruiz
Sexta (1º/4) e sábado (2/4), às 20h e domingo (3/4), às 19h, na Caixa Cultural (Setor Bancário Sul, Quadra 4, 3206-6456). Ingressos: R$ 20 e R$ 10 (meia). Não recoemndado para menores de 14 anos.