Renata Jambeiro voltará a Brasília para lançar seu terceiro disco, “Fogaréu”

Radicada no Rio de Janeiro desde 2013, a cantora brasiliense Renata Jambeiro se prepara para lançar o terceiro disco da carreira, “Fogaréu”. Gravado no estúdio Toca da Raposa, em Santa Teresa (RJ), o CD investe em sonoridades da cultura popular brasileira, a partir de regravações de bambas e de inéditas de compositores da nova geração, como João Martins e Raul DiCaprio.

“Meus trabalhos anteriores – “Jambeiro” (2007) e “Sambaluayê” (2012) – tinham uma influência africana muito forte. Continuo com essa referência – como é possível perceber na faixa título, uma morna cabo-verdiana de Leandro Fregonesi -, mas amplio meu universo musical. Trago o maracatu, a ciranda e os sons do Norte, entre outros ritmos bem brasileiros. São canções alegres, bem festivas”, adianta Renata.

Com show de lançamento marcado para o dia 23 de novembro, no Clube do Choro, o álbum é a confirmação da brasiliense no cenário musical carioca. Além de ter sido gravado no Rio, todos os músicos da banda também são de lá. “É um projeto muito importante, pois é o primeiro disco com os pés fincados na capital fluminense. Mas fiz questão de que a primeira apresentação dele fosse em Brasília, a cidade onde nasci e cresci”.

Com produção e direção musical do violinista Nicolas Krassik e direção artística do compositor Leandro Fregonesi, “Fogaréu” é um projeto entre amores e amigos. Krassik é casado com Renata, e Fregonesi é amigo da cantora de outros carnavais. Em “Sambaluayê”, ela gravou duas músicas do compositor e, em fevereiro deste ano, Renata participou do Simpatia É Quase Amor, bloco de carnaval que costuma ter músicas do paulista.

O processo de gravação foi o maior astral. Todos estavam muito a fim de participar do disco. Eu, longe da família e dos colegas de infância, me senti em casa

Renata Jambeiro, cantora

Os convidados especiais também têm fortes relações afetivas. As amigas Nilze Carvalho e Fabiana Cozza participam de “Canto de Oxum” (Toquinho/Vinícius de Moraes); Pandeiro Repique Duo (Bernardo Aguiar e Gabriel Policarpo) em “O Tocador É Bom” (Moacyr Luz); e Carlos Malta e Chico César em “Coroné Antônio Bento”.

Sucesso na voz de Tim Maia e de Cássia Eller, a música de João do Vale e Luiz Vanderley tem uma curiosidade interessante. “Na versão original há um trecho que nunca foi gravado nem por Tim nem por Cássia. Essa parte mostra como o Coroné era uma figura moderna, pra frente. Chico aprovou gravar a canção inteira e chegou brincando, fazendo uma pegada bem cênica. A versão ficou ótima”, conta.

Em Brasília, o show de lançamento terá as participações especiais de Emília Monteiro e Breno Alves. “É comum que as apresentações do Clube do Choro tenham um intervalo. A nossa é diferente. Eu e Jeff Almeida criamos um espetáculo contínuo”, diz a cantora. “Existe uma expectativa grande em torno do novo trabalho. ‘Sambaluayê’ foi muito bem criticado e precisamos ‘superar’ um projeto tão bem avaliado”. No dia 17 de dezembro, é a vez de Renata leva “Fogaréu” para o Teatro Rival (RJ).Assista ao clipe da música “Nova Era”, do disco “Sambaluayê”: