No Dia Nacional do Samba, conheça alguns artistas de destaque no DF

Desde 2007, o Dia Nacional do Samba tem comemoração com data, hora e local marcados em Brasília. Em 2 de dezembro, faça chuva ou faça sol, os músicos da cidade se reúnem na Rodoviária do Plano Piloto para fazer uma linda batucada enquanto trabalhadoras e trabalhadores voltam para casa depois de expediente.

Neste ano, a Plataforma do Samba mantém a tradição com uma roda de samba formada por vários artistas da cidade. O Metrópoles fez um mini-perfil de 10 sambistas que vão estar na evento, que homenageia o sambista Manoel Brigadeiro e as comunidades de matriz africana que vem enfrentando crimes de ódio e de racismo religioso no país. Confira:

Adora-Roda
Na estrada desde 2007, o grupo é formado por Breno Alves (pandeiro e voz), Kadu Nascimento (percussão e voz), Guto Martins (percussão), Vinícius de Oliveira (Banjo e Voz) e Tito Silva (Cavaquinho e Voz). Há dois anos, eles lançaram o CD “Mensageiros do Samba”e, em setembro de 2015, receberam Dona Ivone Lara, Monarco e Nelson Sargento no projeto Flores em Vida.

Ana Reis
Com 10 anos de carreira, a cantora brasiliense decidiu comemorar a data com a gravação do primeiro DVD, “Toda em si”. O registro foi feito em maio deste ano, no Teatro Newton Rossi (Sesc Ceilândia). Com direção musical do violonista e arranjador Paulo André Tavares, o show teve repertório composto de músicas autorais e temas de compositores da cidade. Ana costuma interpretar também sucessos de Noel Rosa, Chico Buarque e Gonzaguinha.

Cris Pereira
A história da brasiliense com a música começa no canto erudito, exercitado em corais de Brasília. Posteriormente, ela fez parte do grupo Batucada de Bamba, em que interpretou repertório baseado na música popular brasileira e, há 10 anos, atua em carreira solo, cantando sambas autorais e de compositores da cidade. Em 2013, Cris lançou o álbum de estreia “Folião de raça”, com participação especial de Dona Ivone Lara em “Espelho da vida”.

Ouça o disco “Folião de Raça”:

Filhos de Dona Maria
No fim de outubro, o grupo – formado por Amílcar Paré (voz e violões), Artur Senna (percussão e coro), Khalil Santarém (voz, bandolim e cavacolim) e Vinícius de Oliveira (voz, banjo e percussão) – lançou o disco “Todos os Prazeres”, com participações especiais de Fabiana Cozza e Wilson Moreira, entre outros. As apresentações do quarteto costumam ter temas autorais em ritmo de partidos-altos, afoxés e jongos.

Ouça a música “Samba pra Ogum”:

Kris Maciel
A cantora, que começou a carreira em 1999, já passou pelos grupos Unidos do Samba e Raça Popular e pelos projetos Samba na Cozinha virou carnaval e Semente da Vila. O primeiro CD da artista veio em 2012, com o título “Sou o Samba”. Com arranjos de Rafael dos Anjos e direção vocal de Mirian Marques, o disco tem canções de Sombrinha, Arlindo Cruz, Noel Rosa, Sérgio Magalhães e da própria Kris Maciel.

Marquinhos Benon
Nascido no Méier, bairro da zona norte do Rio de Janeiro, o músico está radicado em Brasília há muitos anos. Na capital federal, ele já cantou no Poizé, Bedrock e Calaf, e nos projetos Sementes da Vila e Samba na Rua. Nos shows, Marquinhos investe em composições do conterrâneo João Nogueira, como “Espelho”, “Poder da Criação” e “Nó Na Madeira”.

Samba na Rua
Inspiradas nas batucadas cariocas, Ana Carolina Boquadi e Fernanda Jacob decidiram criar um projeto que tirasse as rodas de samba dos ambientes fechados e as levasse para um lugar mais democrático. Assim, nasceu o Samba na Rua que, de 2013 para cá, já recebeu Dhi Ribeiro e Marquinhos Benon, entre outros. No próximo sábado, 5 de dezembro, eles comemoram o Dia Nacional do Samba, no Círculo Operário do Cruzeiro, com Jean Mussa e Teresa Lopes.

Samba do Compositor
Nasceu em 2014, visando valorizar a produção dos compositores locais. É formado por Artur Senna, Khalil Santarém, Luan Caeté (Samba na Rua), Kadu Nascimento (Adora-Roda), Leandro Sant’anna, Breno Alves, Dinho Braga, Diego Pedigree (Já Chegou Quem Faltava) e Marquinhos Benon.

Teresa Lopes
O caminho musical da artista começou a ser trilhando ainda adolescente, quando cantava na igreja e em serestas. Por dois anos, ela integrou o grupo Nós Negras, ao lado de Kris Maciel, Cris Pereira, Renata Jambeiro e Kiki Oliveira. Atualmente, Teresa se dedica à gravação do primeiro CD. Dona Ivone Lara e Jovelina Pérola Negra são algumas sambistas frequentes no repertório da cantora.

Quarta (2/12), das 16h às 20h, na Plataforma Inferior da Rodoviária do Plano Piloto. Entrada franca. Classificação indicativa livre.