Liniker está em Brasília e o Metrópoles bateu um papo com a nova sensação da música

Liniker vem de Lineker, o nome de um jogador inglês. Bem distante dos gramados, o nosso Liniker, o Barros, é um jovem de 20 anos que nasceu em Araraquara e domina outro campo: o da música. E, para Liniker, não é cantora, nem cantor. “É cantore”, afirma.

Longe de qualquer estereótipo e distante da necessidade de se prender a um artigo que o defina, o músico estará neste texto ora como “o” Liniker, ora como “a” artista. A intenção é explorar todas as possibilidades de ser Liniker, como quem abraça a essência do que este ser induz.

Passando por Brasília rapidamente para um show na estreia da festa Afete-se, Liniker conversou brevemente com o Metrópoles para mostrar um pouco de como tem sido viver como uma artista que explodiu após o lançamento de três vídeos no YouTube. “Zero, “Caeu” e “Luise du Brésil”, do EP “Cru”, surgiram como quem não quer nada, há cinco meses, e os vídeos já somam quase 3 milhões de visualizações. Um estouro repentino, mas nada desmerecido.

Potente, vigoroso e dono de uma voz rouca inebriante, Liniker dispara como uma boa aposta da nova música. Na Afete-se, o músico estará ao lado de sua banda, Os Caramelows, e em um line-up que inclui ainda o rapper Rico Dalasam, o grupo Cantigas Boleráveis  os DJs Alex Vidigal, Carol Sterica, Confronto Sound System, entre outras atrações. O evento está marcado para começar às 22h, no novo Complexo Cultural do Dulcina (Conic).

Você já vinha trabalhando há algum tempo, mas seu “estouro” após o lançamento do vídeo de “Zero” foi muito rápido. Como você vem processando todo esse sucesso?

Foi tudo muito rápido. Lançamos o projeto no dia 15 de outubro e logo alcançamos números muito altos no YouTube. A gente achava que ia fazer sucesso, mas sucesso tipo 20mil views. E achava que ia ser bombástico como foi. De repente, vimos que o segundo país que mais escutava a gente era a Polônia, não sabemos explicar isso.

A quantas anda a produção do seu próximo trabalho? As três músicas do EP também estarão nele ou serão projetos distintos?

Ainda não entramos em estúdio. Isso deve acontecer em breve. O disco já tem nome: “Remonta”, que é também o nome de uma música que cantamos nos shows. Sai com certeza no segundo semestre.

Como está sua expectativa para sua estreia em Brasília? Vai dar tempo para uma volta na cidade ou será um bate-volta?

Vai ser muito rápido. Nunca viajei muito, agora estamos rodando com o show. Como o show é em festa, devemos subir no palco tarde. E na sexta temos show em São Paulo. Vamos ver se sobra um tempo…

Liniker, seu nome é uma homenagem a Lineker, o jogador. Me fala sobre a sua origem. 

Eu sou de Araraquara, no interior de São Paulo. Meu nome é Liniker Barros e tenho 20 anos. E o nome foi por causa do jogador mesmo. Um tio meu tinha paixão pelo jogador e como eu seria o primeiro neto “menino”, minha mãe fez essa homenagem a pedido dele.

Já li algumas entrevistas em que você diz não se importar com o artigo em que se referem a você, não importando se feminino ou masculino. Como você gostaria que eu me referisse a você?

Eu eliminei o artigo da minha vida. Nem cantora, nem cantor. Cantore.

Me fala um pouco da Caramelows.

Sempre gosto de falar que somos um projeto, que é o Liniker e os Caramelows. Viajam sempre
Márcio Bortoloti (trompete), Péricles Zuanon (bateria), Rafael Barone (baixo), William Zaharanszki (guitarra) e as bafônicas Barbara Rosa e Renata Éssis, que são as backing vocals.

Confira a programação da Afete-se:

Afete-se
Quinta (24/3), às 22h, no Complexo Cultural do Dulcina (Conic). Ingressos: R$ 50 (valor sujeito a alteração). Informações: 8135-7575.