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Leia crítica, ouça o disco: Alicia Keys, David Crosby e Leonard Cohen

A coluna “Leia e Ouça” comenta sobre os novos discos da cantora pop, do mestre folk e o álbum de despedida do grande Leonardo Cohen

atualizado

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Alicia Keys, música
1 de 1 Alicia Keys, música - Foto: Reprodução/Facebook

A coluna quinzenal “Leia e Ouça” retorna nesta segunda (14/11) para comentar três lançamentos recentes da música internacional. Começamos o giro por “Here”, novo disco de inéditas da cantora pop Alicia Keys. Depois, seguimos por novidades dos dinossauros folk David Crosby e Leonardo Cohen.

Dono de uma irregular carreira solo, David Crosby adiciona mais faixas pastoris ao seu repertório no CD “Lighthouse”. O sempre reflexivo e dark Leonardo Cohen despede-se com um álbum comovente o curto, mas potente “You Want It Darker” (obs: a coluna já estava pronta quando recebemos a notícia da morte dele).

Leia e ouça:

Reprodução/Facebook/Mary Ellen Matthews

Alicia Keys – “Here”
Aos 35 anos, a cantora pop alcança um momento interessante da carreira com “Here”. A começar pela capa do disco, com a estrela de cabelo natural, e o título autoafirmativo (“Aqui”), Alicia tece uma crônica sobre Nova York a partir de suas pessoas e agruras urbanas (violência, intolerância, drogas).

Entre registros dançantes e reflexivos, a cantora atinge o ápice desse roteiro pela metrópole em “Illusion of Bliss”, sobre uma jovem desiludida, e distribui versos fortes sobre feminismo e desrespeito nas potentes faixas “Kill Your Mama” e “Girl Can’t Be Herself”.

Avaliação: Bom

 

Reprodução/Facebook

David Crosby – “Lighthouse”
A carreira solo de David Crosby é bem menos alardeada do que seus discos gravados com o supergrupo Crosby, Stills, Nash & Young e a bordo dos Byrds. Mas merece atenção, em especial a obra-prima “If I Could Only Remember My Name” (1971).

Em apenas seu quinto disco sozinho – o segundo num espaço de dois anos –, o eterno hippie reflete sobre temas tão diversos quanto espiritualidade e refugiados. Entre uma faixa e outra, vê-se um veterano da contracultura ainda capaz de criticar as autoridades políticas (“Someone Other Than You”) e ruminar os percalços e conquistas de sua trajetória (“By the Light of Common Day”).

Avaliação: Bom

 

Reprodução/Facebook

Leonard Cohen – “You Want It Darker”
Até morrer, aos 82 anos, o trovador canadense seguiu gravando grandes trabalhos durante a velhice. Passeando por timbres de soul, jazz, folk e rock, Cohen parece à vontade para lançar uma valsinha standard (“Leaving the Table”) e explorar a espiritualidade de um ponto de vista pessoal na faixa-título. São 36 minutos de uma irresistível originalidade musical e poética.

“Estou pronto, meu Senhor”, ele canta em “You Want It Darker”. Sim, Cohen mostra-se pronto para morrer. E não há nada de especialmente triste nisso. Então, basta a ele refletir sobre como seria miserável viver sem amor (“If I Didn’t Love”) e nutrir uma paixão impossível (“Treaty”, talvez a melhor de todo o disco).

Avaliação: Ótimo

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