Leia a crítica, ouça o disco: Chance the Rapper, Islands e Nick Jonas
Em mais uma coluna quinzenal de discos internacionais, comentamos novidades de rap, indie e pop
atualizado
Compartilhar notícia
Nesta semana, nossa coluna de CDs internacionais dá pitacos sobre três importantes lançamentos recentes. Caçula dos Jonas Brothers, Nick chega ao terceiro disco em “Last Year Was Complicated”. Banda canadense de indie dançante, a Islands tinha tanto material novo que gravou dois álbuns de uma só vez: “Taste” e “Should I Remain Here at Sea?”.
Uma das melhores revelações do rap nos últimos anos, Chance the Rapper mostra algumas de suas melhores faixas em “Coloring Book”, terceira mixtape da carreira.
Chance the Rapper – “Coloring Book”
No auge das rimas, Chance dá um passo para a frente e alcança uma sonoridade consistente já na terceira mixtape da carreira. Aos 23 anos, ele é capaz de se associar tanto ao rap existencial de Kanye West (“All We Got”) quanto ao pop de arena de Justin Bieber (“Juke Jam”). Num disco que se permite esse tipo modulação sonora, Chance explora relacionamentos e espiritualidade com um vigor juvenil cativante. “No Problem” surge como hit absoluto em um álbum cheio de ótimos achados.
Avaliação: Ótimo
Islands – “Taste”/”Should I Remain Here at Sea?”
Sempre bastante produtivo na cena indie, o compositor Nicholas Thorburn encerrou um hiato de três anos sem novidades do Islands com um díptico de inéditas. Enquanto “Taste” revela uma coleção de baladas eletrônicas, “Should I Remain Here at Sea?” entrega breves 30 minutos com 10 canções roqueiras.
Duas faces da mesma banda e lançadas no mesmo dia, as novidades também acusam qualidades distintas. “Taste” soa como uma crônica de crises, um catálogo de faixas capazes de versos duros como “quando você ouvir essa música, eu estarei morto”. Complemento desse diário de nervos e dúvidas, “Should I” parece sonoramente mais organizado, com faixas que se conectam pelos mesmos clichês motivos de guitarra.
Avaliação: Regular
Nick Jonas – “Last Year Was Complicated”
Aos 23 anos, Nick tenta reafirmar sua carreira solo três temporadas após o fim dos Jonas Brothers. Com produção extravagante, que vai do rap ao R&B, o jovem emula o pop adulto de Justin Timberlake, mas meramente replica a mesma fórmula faixa a faixa.
Para cada música dançante (“Under You”), há uma baladinha introspectiva (“Unhinged”) ou uma tentativa de aderir ao hip-hop (“Bacon”, “Good Girls”) e ao soul contemporâneo (“Testify”). Um diário sobre amadurecimento cheio de páginas iguais.
Avaliação: Ruim