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Ian Coury exibe seu talento em show de Manassés

Bandolinista de 13 anos leva rotina de gente grande e recentemente tocou ao lado de veteranos da música instrumental em Berklee

atualizado

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Aos 13 anos de idade, o bandolinista Ian Coury tem gosto musical eclético. Para a participação que fará no show de Manassés de Souza no Teatro Brasília, neste sábado (12/9), escolheu as músicas “Something”, dos Beatles, e “Santa Morena”, de Jacob do Bandolim.

Na verdade, Ian tem gosto musical e rotina de gente grande. De segunda a sexta, as manhãs são na escola, onde cursa o ensino fundamental. À tarde, as atividades se alternam entre as aulas de inglês, natação, pilates e, claro, as lições de canto, harmonia e guitarra baiana. Os ensaios duram duas a três horas durante a semana e podem chegar a seis horas nos fins de semana. O tempo que sobra do sábado e domingo é para descansar, se divertir e, por que não, tocar em bares e restaurantes da cidade.

Essa disciplina Ian levou, em julho, aos Estados Unidos. Aproveitando as férias escolares, ele fez um curso de verão para aperfeiçoar as técnicas do bandolim. Na Berklee College of Music, em Boston, o jovem participou de um intensivo com aulas das 10h às 22h30. “Mas as semanas seguintes foram mais tranquilas”, garante. “Tive a chance de tocar com músicos brasileiros que residem por lá, como Cláudio Roditi (trompetista), Fernando Brandão (flautista) e Ebinho Cardoso (baixista), um dos que mais me incentivaram. Ebinho me levou para todas as apresentações como convidado especial”.

Ao lado dos veteranos
Além dos shows ao lado dos conterrâneos, Ian trouxe de lá a experiência única de dividir o palco com Paquito D’Rivera (saxofonista cubano), Mike Tucker (saxofonista americano) , Alexei Tsiganov (pianista russo), Bertram Lehmann (baterista alemão), Fernando Michelini (pianista uruguaio) e Mark Walker (baterista americano), entre outros.

“Certo dia, pediram para eu mostrar um pouco do choro para os norte-americanos. Topei e toquei duas ou três músicas. Em seguida, descobri que o Paquito estaria no auditório da Berklee e sugeriram que eu desse uma canja com ele. De repente, me vi tocando 11 x 01, do Pixinguinha, com o saxofonista cubano”, conta.

O sucesso da temporada nos EUA animou Ian. Ele espera voltar em breve à faculdade americana. “Quero fazer o curso de verão novamente no próximo ano. Foi uma experiência muito boa e inesquecível. Também espero dominar mais o bandolim, além de tocar dentro e fora do Brasil”.

Ian toca “Aquarela na Aquixaba”, com Hamilton de Holanda:

Foto: Valéria Carvalho/Divulgação

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