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Clarice Falcão carrega (mais uma vez) no romantismo em novo CD

Apesar da ótima produção de Kassin, o segundo álbum da cantora e atriz, “Problema Meu”, soa cansativo e repetitivo

atualizado

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Lucas Bori/Reprodução
cantora clarice falcão
1 de 1 cantora clarice falcão - Foto: Lucas Bori/Reprodução

Clarice Falcão é uma daquelas artistas do tipo “ame-a ou deixe-a”. Minimalista nos acordes, autora de letras extremamente objetivas e dona de um timbre peculiar, a cantora e compositora carioca – pelo menos – é bem-humorada. Em “Clarice”, última faixa do disco recém-lançado “Problema Meu”, ela faz graça com as críticas:

“Clarice suas letras não são chiques/Não tem tu, não tem pronome oblíquo/Mas que mico/Quem que você quer impressionar, Clarice? (…) Cê nem fala de quimera/ Cê nem sabe o que é quimera/ É uma figura mitológica/Eu vi no Wikipédia”.

Essa pegada mais sagaz também é possível ver na faixa que abre o álbum, “Irônico”. “Eu gosto de você como quem gosta de um perfil no Facebook que usa foto de casal/Eu gosto de você como quem gosta de quem já saiu do BBB”, canta Clarice, que nos provoca um riso fácil. Tão natural, que a gente quase esquece que o restante do CD exagera a mão no melodrama e erra por não investir em letras mais bem elaboradas.

Salvo por melodias e produção
É assim em “Eu Escolhi Você”, “Como É Que Eu Vou Dizer Que Acabou” e “Banho de Piscina”. Em “A Volta do Mecenas”, ela quase se assemelha à A Banda Mais Bonita da Cidade. Só é mais animado porque tem melhores melodias – se comparado ao trabalho anterior, “Monomania” — e pela produção de Kassin.

Foi ele o responsável pelas excelentes produções de “Já É” (de Arnaldo Antunes), “Tomada” (de Filipe Catto), “Gigante Gentil” (de Erasmo Carlos) e “Recanto” (de Gal Costa, em que divide a função com Moreno Veloso).

reprodução/Internet
“Problema Meu”, segundo CD da cantora Clarice Falcão

Feminismo e hipster brega
Conhecida por levantar a bandeira feminista, Clarice faz da sua música um ato político em “Eu Sou Problema Meu” e “Vagabunda”. Na primeira, ela retoma o discurso “meu corpo, minhas regras” e, na segunda narra a história de duas mulheres que se relacionam com o mesmo homem, sugerindo mais sororidade e amor próprio entre elas.

Por fim, a cantora investe no brega pop, como é possível ver e ouvir em “L’amour Toujours (I’ll Fly With You)” e “Se Esse Bar Fechar”. A última é uma versão hispter e fofinha para clássicos como “Dormi na Praça”, sucesso na voz da da dupla sertaneja Bruno & Marrone.

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