Capital Inicial lança CD e DVD acústicos gravados ao vivo em Nova York
Com repertório que privilegia músicas pós-2002, quando foi lançado o “Acústico MTV”, grupo inicia em 30 de janeiro, em São Paulo, a turnê baseada no novo trabalho
atualizado
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Quinze anos depois de gravar o CD e DVD “Acústico MTV”, lançado em 2002, o Capital Inicial revisita o formato que os colocou de volta ao topo do rock nacional. O “Acústico NYC”, gravado em 6 de junho deste ano, na casa de shows Terminal 5, em Nova York, também sai em DVD (que já é disco de ouro, com mais de 25 mil cópias vendidas) e em CD. A banda — que toca em Brasília dia 5/12, no Porão do Rock — inicia turnê do novo trabalho em 2016 — a estreia, em São Paulo, ocorre no dia 30 de janeiro, no Citibank Hall.
Segundo Dinho Ouro Preto, 51 anos, vocalista e líder da banda, o novo projeto não nasceu da efeméride do “Acústico MTV” mas de vários desejos. “Aquele trabalho foi um divisor de águas, foi o maior da nossa vida. Passou pela nossa cabeça: ‘Vamos fazer uma turnê dele, como os Titãs fizeram do Cabeça Dinossauro’. Mas falei: ‘não quero voltar para trás, quero olhar para o futuro, quero canções novas'”, afirma Dinho.
.Entendo que nos foi dada uma segunda chance, em 1998, quando nos reunimos, e quero aproveitar. Não quero viver de nostalgia, me incomoda quando se referem ao Capital como banda dos anos 1980, como se vivesse de nostalgia
Dinho Ouro Preto
“Sempre procuramos olhar para frente, discos novos, projetos novos, e acredito que esse é um dos motivos pelos quais a gente tem fãs novos, jovens”, completa o vocalista, que integra o grupo com os irmãos Fê e Flávio Lemos, baterista e baixista, respectivamente, e Yves Passarell, na guitarra.
Evitar a repetição passou a nortear as ideias do vocalista tal como um mantra. Ele não queria que o novo trabalho da banda fosse novamente elétrico. Escolhido o formato acústico, chegaram a outra constatação: seria desplugado, mas não da forma tradicional instituída pelo padrão MTV.
O ‘Acústico MTV’ é bastante diferente desse na medida em que a MTV estabelece um monte de regras, tanto é que eles eram todos parecidos, com pouca gente presente, você não podia usar efeitos nos violões. Havia um código de conduta
Dinho Ouro Preto
O “Acústico NYC” é o oposto, totalmente livre, segundo ele. “São quatro caras, os violões são todos processados, tem efeitos, distorção, tinha pedaleira na frente de cada um deles”. Os violões ladeiam o vocalista no palco — garantindo a identidade sonora arquitetada para o projeto — e são assumidos pelos exímios, e com diferentes perfis, Liminha, Thiago Castanho (ex-Charlie Brown Jr.), Fabiano Carelli e o próprio Yves. A mesma premissa — a da não repetição — valeu na escolha dos convidados do projeto: Seu Jorge e Lenine, que fogem do protótipo de roqueiros.
Produzido por Liminha, “Acústico NYC” privilegia o repertório do Capital Inicial pós-“Acústico MTV”, com atenção especial a músicas que não viraram grandes hits, mas valiam uma nova audição, como “O Cristo Redentor”, do disco “Saturno” (2012). Há espaço ainda para sucessos como “Olhos Vermelhos”, “Mais” e “Depois da Meia-Noite”; um único exemplar da década de 1980, “Belos e Malditos”. Da nova safra, tem “A Mina”, “Doce e Amargo” e “Vai e Vem”.
