Breno Alves leva o samba de Brasília para São Paulo
O sambista brasiliense faz show no Traço de União, importante reduto do samba em São Paulo, e prepara o primeiro CD solo
atualizado
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Se o Rio de Janeiro é a capital do samba, Brasília é embaixada do gênero que é a cara do Brasil. A capital federal reúne a cultura de todas as regiões do país mas, a cada dia, consolida-se como referência no samba. A prova disso são os artistas locais. São daqui a cantora Renata Jambeiro, o violonista Rafael dos Anjos e o cantor Breno Alves, entre outros.
No fim de 2014, Breno venceu o concurso Os Novos Bambas do Velho Samba, no Carioca da Gema. Como prêmio, apresentou-se nas quintas-feiras do mês de janeiro na tradicional casa de shows da Lapa carioca. Agora, ele se prepara para se apresentar pela primeira no Traço de União, importante reduto do samba em São Paulo.
“Estou muito feliz com essa oportunidade. Zico Cerqueira que é meu amigo e importante nome na cena cultural, fez a ponte com uma das sócias do Traço. Dayse do Banjo veio para a roda de samba do Adora-Roda na terça (6/10), e eu vou para São Paulo no dia 10, representando o grupo. A ideia é levar todos os integrante em breve”, diz Breno.
Para o show na capital paulista, ele preparou um repertório com sucessos de Almir Guineto, Fundo de Quintal, Moacyr Luz e composições do disco “Mensageiros do Samba”, do Adora. “São Paulo é um mercado diferente do Rio. É mais aberto. Os ambientes cariocas têm muita tradição. Porém, nessas idas e vindas, tenho visto que há artistas de vários estados do país. Não é fácil se projetar, mas batalhando, consegue”.
A trajetória no samba
São quase 20 anos de batucadas em Brasília. O que começou como brincadeira, ainda criança na Candangolândia, virou coisa séria com o tempo. Breno, que era do pagode, tocou ao lado de alguns amigos, depois na banda Fina Arte e, em 2007, chegou no Adora-Roda. aos 29 anos, ele prepara o primeiro CD solo “Em Qualquer Lugar”. a música que batiza o disco foi feita em parceira com João Ferreira, que também assina a produção musical do projeto.
Até o fim do ano, Breno entra em estúdio para gravação do álbum, que terá composições de Sérgio Magalhães, Vinícius de Oliveira e Leandro Sant’anna, entre outras. “As apresentações fora de Brasília são ótimas e dão uma visibilidade bacana. Daí sempre surge alguém dizendo que eu preciso me mudar para o Rio. Seria ótimo, mas sinto que ainda há muita coisa a ser feita por aqui”, observa.