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Após duas décadas, Renato Russo se multiplica numa legião de covers

Em várias partes do país, fãs não se contentam em cultuar a memória do ídolo, mas se esforçam para recriar a mágica dele no palco

atualizado

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Reprodução/Site Renato Russo
Renato Russo
1 de 1 Renato Russo - Foto: Reprodução/Site Renato Russo

Nesta terça-feira (11/10) completam-se 20 anos desde a morte de Renato Russo. Passadas duas décadas, a lembrança do ex-líder da Legião Urbana mantém-se viva na memória dos fãs. Alguns deles, no entanto, não se limitam a cultuar o ídolo como ouvintes, mas se esforçam para reproduzir no palco a mágica de Renato.

São os covers do cantor, que em trabalho solo ou em bandas no mesmo formato da Legião, se dedicam a tocar as músicas compostas e gravadas na voz de Renato Russo — nos discos que lançou sozinho ou em parceria com Dado Villa-Lobos e Marcelo Bonfá (e, no início, com Renato Rocha, o Negrete).

Reprodução/acebook
Nilson Júnior, ao lado da irmã e da mãe de Renato


O preferido da mãe de Renato

O bombeiro mineiro Nilson José dos Santos Júnior, 30 anos, ostenta com orgulho uma mensagem recebida pelo Facebook: “Você o faz muuito bem. É o único cover do Júnior que eu gosto”. A remetente foi ninguém menos que dona Carminha Manfredini, mãe do cantor.

Nilson ficou tão próximo da família que nesta terça contará com a participação de Carmem, a irmã de Renato, no show-tributo que fará em sua cidade, Sete Lagoas, acompanhado por sua banda, a V. O contato com a mãe e a irmã do ídolo aconteceu em 2014, quando o mineiro veio a Brasília para gravar um vídeo em prol do Memorial Renato Russo.

Nilson começou a cantar por influência do pai. Aos 6 anos, já tomava aulas de canto lírico. O gosto pela música o levou a descobrir Renato Russo. “Eu me impressionei com a voz barítona do Renato. Depois comecei a ler as letras dele e me apaixonei pela obra”, ele conta.

Comecei a fazer cover aos 17 anos. Depois fui para a igreja evangélica e retornei com o trabalho de cover há pouco mais de três anos

Nilson Júnior, cantor

Da crítica política ao universo de paz
Como Nilson Júnior, o paulista Beto Sanches, o paranaense Miro Penna, o carioca Diogo Vidhal e o catarinense Nathã Mariani também se dedicam a tentar reproduzir no palco a voz e os gestos de Renato Russo.

Com 27 anos de carreira, Beto, de Campinas, descobriu a música de Renato na adolescência e não conseguiu mais se desvencilhar dela. “Passei praticamente toda essa fase ouvindo e impulsionando meus sonhos ao som da Legião. Era difícil fugir, pois fui contagiado pela facilidade que Renato tinha em ir da crítica política ao universo de paz e amor em suas músicas”.

Lembro quando ganhei o primeiro vinil da Legião, um exemplar raro, um single da música ‘Tempo Perdido’, que só era distribuído para as emissoras de rádio. Foi, é e continua sendo, mesmo tendo apenas uma música, um dos melhores discos que já ganhei em meus 40 anos de vida

Beto Sanches, cantor

Beto começou tocando em bandas com repertório de rock diversificado. Em 2004, foi convidado a fazer parte de uma banda cover da Legião, que durou até 2008. Voltou-se para o trabalho solo até 2013, quando entrou para a Legião Urbana Cover do Brasil. “Aceitei o convite de cara, pois sabia que precisava desse desafio e desse prêmio, que é poder interpretar Renato Russo”.

À frente do Legião Urbana Cover do Brasil, Beto Sanches faz de seis a 10 shows por mês. Para ele, há sempre dois momentos em que o sentimento bate mais forte. “Não há como não sair do corpo quando tocamos ‘Pais e Filhos’ e, a mim, particularmente, quando tocamos ‘Vento no Litoral’. Em ambas, vemos diferentes reações nas pessoas, mas todas envolvidas pelas lembranças que a poesia carrega”.

Reprodução/facebook
Beto Sanches, da Legião Urbana Cover: emoção em “Pais e Filhos” e “Vento no Litoral”


Aprendendo a cantar com o ídolo

Quando o rock de Brasília chegou ao Sul, pegou de cheio os ouvidos do menino Marcus, em Porto Alegre. “Mas foi na adolescência que comecei a me identificar com o que o Renato escrevia e que aprendi a cantar e a tocar pela influência de suas canções”, conta o vocalista da banda Legião Urbana Cover RS, formada em outubro de 1996, ou seja, logo após a morte do líder da Legião, e em atividade até hoje.

Aprendi a cantar e a tocar pela influência das canções de Renato. Talvez por isso tenha ficado com o timbre de voz ou a forma de cantar parecida com a dele, o que mais tarde, aos 21 anos, junto com minha banda, me fez dar início a esse trabalho como cover dele

Marcus Santos, vocalista da Legiáo Urbana Cover RS

Marcus, de 41 anos, encontra em todas as apresentações momentos especiais. “Até hoje, 20 anos depois, sempre recebemos o agradecimento do público, emocionado, por mantermos viva a obra do Renato Russo e de sua banda”, conta o músico.

E a cada show os integrantes da Legião Urbana Cover RS também têm a oportunidade de testemunhar o quanto continua vivo o culto à memória de Renato e da Legião. “Já vimos todo tipo de demonstrações de devoção por parte do público, como seu rosto em tatuagens e o nome de suas canções dado a filhos como homenagem (Eduardo e Mônica)”.

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