Mais força para o Carnaval de Brasília. Conheça os novos blocos que chegam para consolidar a folia na capital

Passou o tempo em que Brasília não tinha folia. A cada ano, novos bloquinhos surgem, dando força para a festa na capital federal. Uma das novidades deste ano é o Divinas Tetas, bloco que promete animar os foliões com sucessos da Tropicália na segunda de Carnaval (8/2), às 15h, no Setor Bancário Sul.

O Metrópoles conversou com o músico brasiliense Aloizio, um dos idealizadores do bloquinho, cujo nome foi tirado de um verso da composição “Vaca Profana”, de Caetano Veloso. Confira a entrevista com o artista e conheça outras troças carnavalescas que estreiam em 2016:

Como surgiu a ideia de montar o bloco?
Sempre tive vontade fazer um bloco em Brasília e descobri que alguns colegas meus — Adolfo, Samyr e Thiago –, também. Passamos oito meses conversando e discutindo ideias, até que chegamos num formato que todos curtiram. Agregamos outros amigos, a coisa foi acontecendo e agora taí: Bloco das Divinas Tetas.

Por que o Tropicalismo como tema?
Todos nós nos identificamos muito com os artistas e as músicas tropicalistas. Desde os arranjos quebrados de Gilberto Gil, às guitarras fuzzeadas dos Mutantes e às letras pertinentes do mestre Caetano Veloso. Sem contar que a Tropicália é atemporal e totalmente pertinente ao Carnaval.

Quais músicas vão rolar no bloco?
O repertório tem mais de 50 músicas e três delas — só três para não perder a surpresa — são “Tropicália”, “Vaca Profana” e “Panis et Circenses”.

Haverá uma banda acompanhando o bloco?
Na verdade, o bloco é uma banda. São duas guitarras, baixo, bateria, um trio de metais e muitas — muitas mesmo — percussões.

Brasília vive uma onda polêmica por causa da lei do silêncio. Qual sua opinião sobre a lei?
A lei do silêncio oprime a cidade, especialmente agora, quando a cultura brasiliense começa a se estabelecer. Os produtores e músicos continuam se organizando para manter a cena cultural viva e fomentar o que Brasília tem de melhor, mas a “Lady Silêncio” insiste em retardar este processo. A luta continua e não vamos desistir tão cedo.

 

AS NOVIDADES DE 2016…

Bloco do Amor
O nome do grupo é uma referência à via S2, “rua” brasiliense com anexos dos Ministérios, acesso ao Museu Nacional e que, à noite, vira ponto de prostitutas e de viciados em crack. Quase todo mundo passa pelo local, mas nem todo mundo sabe o nome da via que será palco para o desfile do bloco que prega paz, e claro, o amor.

Domingo (7/2): Às 13h, na Cúria da Catedral Metropolitana, via S2.

 

Eixão 44
O coletivo de lésbicas comanda uma festa minimalista, mas muito animada. O bloco será puxado por um carrinho de supermercado custumizado e DJs tocando apenas músicas de artistas mulheres.

Domingo (31/1): O pré-Carnaval começa às 16h, no Eixão (altura da 107 Norte). De lá, o bloco segue para a Praça dos Prazeres (201 Norte).
Domingo (7/2): Mesmo horário e percurso do dia 31/1.
Domingo (21/2): A pós-folia fica em ritmo de “concentra, mas não sai”. Às 16h, no Eixão (altura da 107 Norte).

Desodorante da Asa
Com a saída do Suvaco da Asa do Cruzeiro, alguns moradores decidiram reunir bloquinhos do DF no mesmo local em que o Suvaco costumava se concentrar. Na primeira edição, também haverá show da bateria da Aruc e do grupo Kanella de Cobra.

Sábado (30/1): Das 9h às 12h (infantil); e das 12h às 18h (adulto), na Quadra 10 do Cruzeiro Velho (em frente ao Quiosque da Codorna).

Tuthan-Kas-Monas
Mais um bloco LGBT para garantir a diversidade no Carnaval da capital. Nas picapes, DJs Pati Merenda, Tamara Maravilha e Pedro Moura, entre outros.

Sábado (30/1): Às 16h, no estacionamento do Teatro Nacional Claudio Santoro (na área voltada para a Esplanada dos Ministérios).

Fio Desencapado
Os sambas-enredos embalam este bloco, que estreia com show de Anderson da Paz (cantor da escola carioca Porto da Pedra) e a marcação da Bateria Furiosa.

Sábado (30/1): Concentração a partir das 17h, no Setor de Oficinas do Sudoeste, esquina com Eixo Monumental. O desfile começa às 19h.