metropoles.com

Mostra no Museu dos Correios reúne 120 obras de Djanira

A artista paulista que viveu entre 1914 e 1979 deixou obra marcada pelo uso das cores vibrantes e um olhar antropológico sobre o cotidiano do povo brasileiro

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
Embarque de Bananas (óleo sobre tela, 1957)
Embarque de Bananas Djanira
1 de 1 Embarque de Bananas Djanira - Foto: Embarque de Bananas (óleo sobre tela, 1957)

O Museu dos Correios (Setor Comercial Sul) abre ao público a partir desta sexta-feira (22/7) uma ampla mostra da paulista Djanira da Mota e Silva (1914-1979). Cerca de 120 obras produzidas entre 1940 e 1979, selecionadas pela curadora Daniela Matera, estão presentes em “Djanira – Cronista de Ritos, Pintora de Costumes”.

Djanira — como ficou conhecida — foi uma das mais importantes artistas plásticas brasileiras do século 20. Através de sua pintura, lançava um olhar quase antropológico sobre o nosso povo. Usava os pincéis para registrar cenas do cotidiano, de lazer, do sincretismo religioso…

Cenas que ela testemunhava em suas andanças pelo país. Andarilha, percorreu o Brasil em busca das imagens que retratava. Pescadores, mineiros, trabalhadores do campo, mulheres rendeiras e santos são figuras recorrentes em suas telas.

Antes de pintar, vemos. Antes de viver, sonhamos. Djanira, sonhou em ser pintora. E o que é o sonho se não um conto, uma estória, um poema? Aquilo que contamos ao outro e a nós mesmos. Djanira evidencia através da sua obra o lirismo do povo brasileiro, procurando, no cotidiano e nos costumes de todos nós, homens comuns, a semear o sonho

Daniela Matera, curadora

A carreira iniciada nos anos 1940 permitiu à pintora paulista, de Avaré, conviver com artistas relevantes de sua época, como Carlos Scliar e Milton Dacosta. Em viagem a Nova York, pôde ter contato também com mestres como Fernand Leger, Joan Miró e Marc Chagall.

À época, apresentava uma pintura sombria, dominada pelo cinza e pelos tons escuros. Sua obra porém ficaria marcada pelas cores vibrantes que adotou a partir da década seguinte. Colorido presente, por exemplo, em “Senhora Sant’Ana de Pé”, uma de suas obras mais famosas, hoje pertencente ao acervo do Museu de Arte Moderna do Vaticano.

Reprodução
Ensaio definitivo para o painel “Indústria Automobilística”


Múltiplos suportes

As obras trazidas a Brasília integram o conjunto de mais de 800 criações da artista pertencentes ao Museu Nacional de Belas Artes, no Rio de Janeiro. São óleos, têmperas, guaches, acrílicas, gravuras e nanquins. Mas vale lembrar que Djanira experimentou também a xilogravura e a gravura em metal.

Fez ainda desenhos para tapeçaria e azulejaria. Nesse suporte, é famoso o “Painel de Santa Bárbara”, produzido em 1958 e também pertencente ao acervo do Museu Nacional de Belas Artes. Só que nesse caso, obviamente, a obra não pode ser trazida a Brasília, já que faz parte da arquitetura do museu.

Djanira – Cronista de Ritos, Pintora de Costumes
De 22/7 (sexta) até 18/9 (domingo). Terça a sexta, das 10h às 19h; sábados e domingos, das 12h às 18h. No Museu dos Correios (Setor Comercial Sul, Quadra 4, Bloco A, 256, Edifício Apolo, 3213-5076). Entrada franca. Classificação indicativa livre.

Quais assuntos você deseja receber?

Ícone de sino para notificações

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

Ícone de ajustes do navegador

Mais opções no Google Chrome

2.

Ícone de configurações

Configurações

3.

Configurações do site

4.

Ícone de sino para notificações

Notificações

5.

Ícone de alternância ligado para notificações

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comEntretenimento

Você quer ficar por dentro das notícias de entretenimento mais importantes e receber notificações em tempo real?