Solidários a “Aquarius”, cineastas tiram filmes da disputa pelo Oscar
Depois de Gabriel Mascaro (“Boi Neon”), agora foi a vez de Anna Muylaert afirmar que “Mãe Só Há Uma” também não disputará vaga brasileira na premiação americana
atualizado
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A classificação indicativa do filme “Aquarius” como inadequado para menores de 18 anos continua repercutindo. Embora o diretor Kléber Mendonça Filho já tenha afirmado que não quer “confabular teorias de que é uma decisão política”, seus colegas preferem ser solidários.
O diretor Gabriel Mascaro foi o primeiro a anunciar que não disputaria vaga brasileira no Oscar com “Boi Neon”; agora foi a vez de Anna Muylaert (foto no alto) repetir o gesto. Nesta quarta-feira (24/8), a cineasta disse ao jornal Folha de S. Paulo que “Mãe Só Há Uma” também não entrará no páreo.“Aquarius” seria um dos favoritos à vaga, mas está no centro de uma polêmica envolvendo a nomeação do crítico Marcos Petrucelli para a comissão responsável pela escolha.
Petrucelli já mostrou, nas redes sociais, que não perdoa Mendonça Filho pelo ato anti-impeachment feito pelo cineasta e equipe técnica do filme “Aquarius” no tapete vermelho do Festival de Cannes.
Depois dos ataques de Marcus Petrucelli em seus perfis nas redes sociais, a classificação indicativa para maiores de 18 anos pareceu mais uma represália ao diretor pernambucano.
Kléber Mendonça Filho considera que seu filme não está fora de um padrão de classificação relacionada a sexualidade. “‘Tatuagem’, ‘Boi Neon’, ‘Para Minha Amada Morta’ também encaram questões de sexualidade, e desses, ‘Aquarius’ é o que menos tem conteúdo sexual”, disse.