Número de diretoras diminuiu em Hollywood no ano de 2016, diz estudo
Estudo apontou que apenas 7% dos maiores filmes de 2016 tiveram diretoras. Número representou queda de 2% em relação a 2015
atualizado
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O número de diretoras em Hollywood caiu em 2016, segundo estudo do Center for the Study of Women in Television and Film (Centro de Estudo das Mulheres na Televisão e no Cinema). Divulgado anualmente desde 1998, o relatório anual do instituto indicou que apenas 7% dos 250 maiores filmes de 2016 foram assinados por mulheres.
Na comparação com 2015, houve queda de 2% no número de diretoras que lançaram trabalhos em 2016. Vale notar que o último ano foi marcado pela presença feminina em personagens protagonistas: dos elogiados filmes alternativos “Elle” e “Toni Erdmann” a blockbusters como “Rogue One – Uma História Star Wars”.
“Mesmo com toda a atenção e as conversas sobre o tema nos últimos anos dentro dos negócios e da indústria de cinema, os números caíram. Claramente as medidas atuais não têm dado resultado”, disse Martha Lauzen, diretora executiva do centro de estudos, à “Variety”.
Polêmica e números
Uma controvérsia recente envolveu a produtora Kathleen Kennedy, presidente da Lucasfilm. As personagens Rey (“O Despertar da Força”) e Jyn (“Rogue One”) protagonizaram o recente revival de “Star Wars”, mas por enquanto não há sequer previsão de quando uma diretora comandará um episódio da saga.
Kathleen disse que há intenção de trazer uma diretora “no momento certo”, dando a entender que a Disney só confiaria em uma profissional experiente. No entanto, é curioso notar como o estúdio tem apostado em jovens cineastas para grandes projetos, como Gareth Edwards (“Rogue One”) e James Gunn (“Guardiões da Galáxia”).
Em outras categorias, a presença delas também é rarefeita. Segundo o estudo, 35% dos filmes de 2016 não empregaram mulheres em cargos importantes atrás das câmeras, como roteirista, direção de fotografia e montagem. Entre compositores de trilha sonora, por exemplo, elas representaram apenas 3%. Detalhe: aumento de 1% em relação a 2015.
O relatório, não por acaso, indica que longas dirigidos por mulheres tendem a ter mais profissionais empregadas em outras funções.