Filmes de vários países chegam às telas da cidade
Produções vindas da França, México, Estados Unidos e novidades nacionais estão entre os títulos que estreiam nesta quinta (10/9)
atualizado
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Nove estreias de cinema movimentam o circuito entre esta quinta (10/9) e a próxima quarta (16/9). Além das novidades, duas boas pré-estreias recheiam as opções do brasiliense. São elas a aventura radical “Evereste”, com sessões sábado (12/9) e domingo (13/9), nas redes Cineflix e Cinemark, e o novo filme de Roman Polanski, “A Pele de Vênus”, com exibição somente segunda (14), no Espaço Itaú.
A agenda desta semana elenca filmes de diferentes estilos e para diferentes públicos. Filmes independentes, documentários, produções nacionais e norte-americanas compõem o leque. Vale dar uma espiada nos trailers e sinopses abaixo:
“Carga Explosiva – O Legado”
Quem se acostumou a ver Jason Statham distribuir socos e dirigir carros em alta velocidade nos outros capítulos da franquia pode se decepcionar. O pouco conhecido Ed Skrein interpreta o ex-mercenário que vive se metendo em confusão com figurões da máfia. Apesar de o título indicar que se trata de um prelúdio, o filme funciona como uma releitura do original, de 2002. Confusões à parte, é mais uma empreitada com o selo do entertainer francês Luc Besson, criador do personagem.
“Club Sandwich”
Habitualmente associado a pesados dramas, o cinema mexicano também embarca na comédia. O prêmio de melhor diretor vencido por Fernando Eimbcke no Festival de San Sebastián surge como boa medida do que o filme alcançou no circuito de arte. Mãe e filho decidem sair de férias num período de mais calmaria, fora de temporada. As tardes vazias molhando os pés na piscina de repente se tornam menos tediosas quando o garoto conhece uma hóspede, por quem logo se apaixona.
“Férias Frustradas”
Quem viveu os anos 1980 e 1990 se lembra bem de Chevy Chase “curtindo” as piores férias já vistas na telona nos filmes da franquia “Férias Frustradas”. Este quinto capítulo é levemente baseado no primeiro, de 1983, e traz Chase como patriarca da família especializada em situações constrangedoras. Agora é a vez de seu filho, Rusty (Ed Helms), meter a esposa e os filhos em uma roubada daquelas.
“Homem Comum”
Maior documentarista brasileiro, Eduardo Coutinho, morto em 2014, certamente deixou discípulos. Um deles é o paulistano Carlos Nader. Em “Homem Comum”, ele narra seu convívio com Nilson de Paula, um caminhoneiro paranaense de hábitos simples e muita vontade de viver. A partir dessa amizade, o diretor discute questões existenciais ao misturar cenas de seu personagem com passagens da obra-prima “A Palavra” (1955), do dinamarquês Carl Theodor Dreyer.
“Infância”
Diretor do clássico nacional “Todas as Mulheres do Mundo” 1967, Domingos Oliveira revisita memórias de infância em seu mais recente trabalho. Ambientado nos anos 1950, no Rio de Janeiro, o filme traz Fernanda Montenegro no papel de Dona Mocinha, uma matriarca que comanda sua casa com punhos de ferro. A família vive dias de tensão por problemas envolvendo a venda de terras do clã e pela pressão política que assombra o então presidente Getúlio Vargas.
“Jia Zhang-ke, um Homem de Fenyang”
Indicado para cinéfilos, este documentário revela um perfil do cultuado cineasta chinês Jia Zhang-ke. Frequentador dos principais festivais europeus, ele é autor de filmes como “Um Toque de Pecado” (2013), um urgente relato sobre a aleatoriedade da violência em seu país. Assinado pelo brasileiro Walter Salles (“Central do Brasil”), o registro também busca emoldurar as mudanças culturais, econômicas e sociais que transformaram o país nos últimos anos.
“Love”
A repercussão alcançada por “Azul É a Cor Mais Quente” (2013) e “Ninfomaníaca” (2014) mostra que o erotismo está em voga no cinema de arte. Tanto que, pelas tão alardeadas cenas de sexo explícito, os filmes encontram espaço em salas habitualmente ocupadas por blockbusters. A novidade é “Love”, um triângulo amoroso rodado em 3D e assinado pelo franco-argentino Gaspar Noé, diretor do tão adorado e repelido “Irreversível” (2002).
“Nocaute”
Quem lamentou a não indicação de Jake Gyllenhaal ao Oscar 2015 por “O Abutre” já pode começar a torcer pela premiação do ano que vem. Ao interpretar um boxeador perturbado pela morte da esposa, o ator se coloca como possível candidato em 2016. Além de lidar com o trauma, Billy Hope precisa juntar os cacos e retomar a promissora carreira para recuperar a filha, sob a tutela do serviço social. A assinatura é de Antoine Fuqua (“Dia de Treinamento”), especialista em fitas de ação.
“Pequeno Dicionário Amoroso 2”
O filme original, de 1997, está cronologicamente bem distante da endinheirada seara de comédias nacionais firmada na última década. Sandra Werneck volta a dirigir histórias cruzadas nesta sequência. Luiza (Andréa Beltrão) e Gabriel (Daniel Dantas) se reencontram 15 anos após o divórcio. Mas esse inesperado flashback acaba se refletindo nas vidas de filhos e atuais companheiros dos amantes.