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Crítica: “Voando Alto” é comédia nostálgica sobre sonho olímpico

Personagem de Hugh Jackman tenta ajudar jovem britânico a chegar às Olimpíadas de Inverno de 1988, no Canadá

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Fox Filmes/Divulgação
Voando Alto, filme
1 de 1 Voando Alto, filme - Foto: Fox Filmes/Divulgação

Logo de cara, há algo de bastante familiar em “Voando Alto”. A história de um sujeito qualquer coisa que consegue disputar as Olimpíadas de Inverno lembra bastante a saga de superação e ousadia dos atletas esforçados de “Jamaica Abaixo de Zero” (1993), um desses clássicos absolutos dos bons tempos da Sessão da Tarde. “Voando Alto” bem que tenta, mas fica só na nostalgia.

Inspirado em fatos, o filme reúne todos os elementos previsíveis parar narrar uma história emotiva e divertida sobre um perdedor que teima em perseguir o sonho de se tornar um atleta olímpico. Da trilha sonora com “Jump”, do Van Halen, ao roteiro repleto de chantagens sentimentais, o diretor Dexter Fletcher acompanha o inglês Eddie Edwards (Taron Egerton) desde a infância de menino desajeitado e ingênuo.

Espírito olímpico e excesso de clichês
Cada “não” serve de estímulo para que Eddie continue tentando. Após explorar algumas modalidades, decide pela mais difícil, sem nenhuma tradição na Inglaterra: o salto de esqui. Extraindo clichês de filmes de parceria como “Rain Man” (1988) e de dezenas de dramas esportivos, “Voando Alto” recicla o estereótipo do treinador desinteressado e, claro, beberrão por meio do ex-saltador Bronson Peary (Hugh Jackman). Ele vive à sombra de seu mentor, Warren Sharp (Christopher Walken).

O roteiro em formato escadinha segue o treinamento de Eddie rampa a rampa: 15, 40 e as modalidades olímpicas (e mortais) de 70 e 90 metros. Para evitar o pior, Peary aceita treiná-lo e acaba acompanhando o jovem inconsequente numa jornada que termina nas Olimpíadas de Inverno de 1988, em Calgary, no Canadá. O carisma de Eddie conquista o público e desarma a crônica esportiva, ainda que seus feitos mal alcancem as marcas de um semi-profissional.

Há ideias suficientes para tornar “Voando Alto” um filme atraente no quesito “espírito olímpico”. Mas Fletcher, ator de formação, escolhe as maneiras mais óbvias e rasteiras para filmar os feitos de um sujeito tão corajoso quanto lunático.

Avaliação: Regular

Veja horários e salas de “Voando Alto”.

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