Crítica: “Tinha que Ser Ele?” é bromance sobre pai e namorado da filha
“Tinha que Ser Ele?” reúne James Franco e Bryan Cranston em comédia sobre um infernal Natal em família
atualizado
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“Tinha que Ser Ele?” tenta retrabalhar um formato de comédia que de tempos em tempos volta aos cinemas: os conflitos geracionais entre pai e namorado (noivo ou marido) da filha. A principal estratégia do diretor John Hamburg, do divertido “Eu Te Amo, Cara” (2009), é brincar com as próprias personas dos rivais envolvidos.
Bryan Cranston, sempre lembrado pelo professor de química/traficante da série “Breaking Bad”, usa suas expressões tão gentis quanto bravas para interpretar Ned. Empresário do ramo de impressões gráficas, ele enfrenta a crise do seu modelo de negócios. Difícil sobreviver em tempos de internet e mídias digitais.
Bromance à vista?
Figurão do ramo de tecnologia, Laird recebe Ned, a esposa Barb (Megan Mullally) e o caçula Scotty (Griffin Gluck) com uma tatuagem da família que mal acaba de conhecer. Um desenho enorme, eternizado nas costas. É apenas o começo de um Natal daqueles para Ned.
“Tinha que Ser Ele?” desbrava o mesmo terreno de comédias de constrangimento como “O Pai da Noiva” e “Entrando Numa Fria”, mas se apoia nas bravatas de filmes adultos: palavrões fartos, piadas sobre sexo e um rol de referências pop que vai da banda Kiss aos hipsters da área de tecnologia.
O filme funcionaria melhor, porém, se Hamburg conseguisse juntar o arsenal de tiradas a uma personagem feminina minimamente bem desenvolvida. Zoey Deutch, boa atriz vista em “Jovens, Loucos e Mais Rebeldes”, parece uma mera escada para que as diferenças entre Ned e Laird se espalhem pelo filme.
“Tinha que Ser Ele?” é um bromance preguiçoso disfarçado de comédia espertinha sobre conflitos geracionais.
Avaliação: Regular
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