Crítica: novo “Rei Arthur” é urbano e malandro, mas sem magia
Assinada pelo diretor Guy Ritchie, nova versão do folclore traz Charlie Hunnam em história de origem da lenda medieval
atualizado
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“Rei Arthur: A Lenda da Espada” tenta dar um novo sentido ao folclore medieval numa era que a série “Game of Thrones” domina as regras dos épicos de fantasia. A releitura do herdeiro da Excalibur envolve desde elementos de filmes de gangue quanto bichos mitológicos gigantes e magos misteriosos.
A maneira que o estúdio Warner Bros. encontrou para reviver o monarca foi trazer um diretor capaz de retrabalhar o material de origem: o inglês Guy Ritchie (também conhecido como ex de Madonna). Com Charlie Hunnam (“Círculo de Fogo”) no papel principal, o cineasta continua sua fase recente de aventuras de época.
Uma lenda quase urbana
Soa até natural que Ritchie queira voltar mais ainda no tempo em busca das origens do Rei Arthur – com seus cacoetes de direção a tiracolo. O protagonista parece um gângster tipicamente ritchieniano: não conhece os pais, foi criado num bordel e se comporta como um malandro nas ruas de Londínio (atual Londres).
Arthur sequer dá bola para as histórias que circulam sobre um tal rei de nascença (ele próprio) que irá destronar o tirano Vortigern (Jude Law) e renovar a monarquia. Mesmo após se apossar da Excalibur, Arthur continua camarada e se cerca de amigos igualmente barbudos e bombados para lutar contra as injustiças.
A licença poética defendida por Ritchie funciona melhor escrita do que mostrada. Infância e adolescência de Arthur são resumidas em um videoclipe – típico tique do diretor – e a magia só aparece para calibrar soluções e ciladas. Qualquer episódio modorrento de “Game of Thrones” é mais épico ou fantástico do que “A Lenda da Espada”.
Avaliação: Regular
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