Crítica: “Moana” traz diversidade cultural a adultos e crianças
A animação da Disney foge dos esterótipos das princesas e mostra uma jovem forte e destemida
atualizado
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“Moana — Um Mar de Aventuras”, nova animação da Disney, é um mergulho na diversidade. A escolha do verbo não tem nada a ver com o fato de a trama se passar no oceano. Os costumes da Polinésia são mostrados de maneira sutil, sem tentar enfiar goela abaixo um multiculturalismo capenga.
Na animação, seguimos as aventura de Moana. Filha do líder de uma das ilhas, ela é formada para governar (isso mesmo, em nenhum momento se discute o fato de uma mulher chegar ao poder. É natural). No entanto, a jovem sonha em se aventurar nas águas do oceano Pacífico e retomar a origem aventureira de seu povo.
Ao se lançar ao mar, Moana parte em busca de Maui, um semideus que vai ajudá-la a restaurar a paz no arquipélago. Espera um homem musculoso e loiro, a própria encarnação do Olimpo? Então, prepare-se, pois Maui carrega os traços da Polinésia.
A diversidade cultural ganha força durante o filme. A relação de Moana com o mar, com a fauna e com a flora traz uma delicada reflexão ecológica. Tão necessária ao nosso tempo.
Nem mesmo o vilão segue os padrões tradicionais — ele (ou seria ela) não termina condenado à morte. É dual. É o bom que vira mau, mas pode voltar a fazer o bem.
“Moana” é um filme que encanta crianças pelo carisma das personagens (alô, alô, Heihei) e pelas cores do desenho. Capta adultos com a mensagem de diversidade e com pequenas reflexões sobre o mundo contemporâneo.
Avaliação: Ótimo
Veja as salas e os horários de “Moana”