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Crítica: “Meus 15 Anos” cria universo teen em torno de Larissa Manoela

Estrela adolescente interpreta Bia, uma garota que ganhou uma festa de 15 anos e passa por dilemas na escola

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“Meus 15 Anos” abre com Bia, a debutante interpretada por Larissa Manoela, correndo em direção à câmera, aos prantos, com a maquiagem borrada. A adolescência pode ser, sim, um período conturbado, cortante, aparentemente insuperável. Mesmo quando o dia é de uma festança de aniversário.

Dirigido pela estreante Caroline Fioratti, o longa adapta o romance young adult de Luiza Trigo e serve como um veículo para os talentos interpretativos e musicais da estrela teen Larissa Manoela.

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Não muito diferente das comédias teen americanas, “Meus 15 Anos” é sobre o árduo processo de autodescoberta de Bia. Ela é meio nerd, gosta de tocar ukelele, compor musiquinhas com o melhor amigo e ir ao cinema com o pai. Ah, importante: nunca beijou/foi beijada.

Como manda a cartilha, Bia já foi amiga da garota mais popular da escola e nutre paixão platônica por um príncipe encantado. Após participar de um sorteio de shopping e ganhar um festa de arromba (com a presença da cantora Anitta) para comemorar os 15 anos, a adolescente se vê num impasse.

A montanha-russa chamada adolescência
É preciso mudar (de vestuário e comportamento) para que os colegas gostem dela e venham à festa? Ou basta ser autêntica que dará tudo certo, ainda que ninguém apareça por achá-la “esquisita”?.

“Meus 15 Anos” tenta mostrar ao seu público – adolescentes, fãs de YA – que ser igual a todo mundo não está com nada. Descubra-se e seja você mesmo, apregoa Larissa aqui e ali por meio de canções folk e de uma insistente narração em off.

O problema do filme é, curiosamente, a falta de identidade própria. É fácil encontrar exemplares americanos superiores, como o recente “Quase 18”. Mas o cinema brasileiro recente também revela bons filmes teen – “As Melhores Coisas do Mundo” (2010) e “Califórnia” (2015), crônicas bem resolvidas visualmente e habitadas por personagens críveis.

Tudo bem que, como qualquer outro adolescente, Bia acredita que o mundo gira em torno dela. Mas “Meus 15 Anos” poderia ter ido um pouco além do tapete vermelho estendido para Larissa Manoela e desbravado com mais sutileza os dramas e as alegrias de ser adolescente.

Avaliação: Ruim

Veja horários e salas de “Meus 15 Anos”

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