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Crítica: “Meu Malvado Favorito 3” usa nostalgia para renovar vilões

Dois anos após o hit “Minions” (2015), nova animação da Universal narra encontro de Dru com irmão gêmeo e surgimento de vilão nostálgico

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1 de 1 meu-malvado-favorito-3-minions2 - Foto: Universal Pictures/Divulgação

Em “Meu Malvado Favorito 3”, a nostalgia é vilã. Dois anos após o sucesso de “Minions” (2015), que elevou o status de popularidade da franquia ao arrecadar US$ 1,159 bilhão, Dru (voz de Leandro Hassum na versão brasileira) enfrenta um sujeito bigodudo que se recusa a largar os anos 1980.

Terceira franquia de animação mais lucrativa de Hollywood, “Meu Malvado Favorito” vingou como uma espécie de releitura de “Shrek”. Não tem a profundidade filosófica dos filmes da concorrente Pixar, mas compensa na extravagância lúdica: traços acessíveis e uma narrativa que atrai e diverte crianças (a fofura dos Minions como estratégia principal) e adultos (referências pop, autoironia).

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Balthazar Bratt, o vilão da vez, foi um astro infantil nos anos 1980. Dá golpes dançando e usa gomas de mascar como armas para se vingar de Hollywood. Dublado na versão brasileira por Evandro Mesquita
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Balthazar Bratt, o vilão da vez, foi um astro infantil nos anos 1980. Dá golpes dançando e usa gomas de mascar como armas para se vingar de Hollywood. Dublado na versão brasileira por Evandro Mesquita

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Gru e Dru, irmão gêmeo: dublados na versão original por Steve Carell e na brasileira por Leandro Hassum

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No terceiro filme, tudo parece mais diluído do que de costume. Dru é demitido da Agência AntiVilões e passa a história inteira no encalço de um vilão forjado na disco music dos anos 1980. Balthazar Bratt não consegue sair do menino mau que interpretou num seriado oitentista.

Ele arquiteta um plano para destruir Hollywood, a cidade que primeiro o consagrou e depois o condenou ao anonimato. Eis as armas de Bratt: passos de dança, um exército de brinquedos (baseados nele próprio, claro) e gomas de mascar capazes de engolir uma cidade inteira.

Um bom vilão, mas pouca ambição
Uma pena que tais artefatos só pareçam engraçados na primeira aparição. Para completar o arsenal bélico, Bratt furtou um diamante que o ajudará a reforçar o poder de fogo de um robô Bratt gigante. Sim, a ideia é pisotear Hollywood mascando chicletes e disparando tiros de laser.

Enquanto Bratt é desenvolvido como o personagem mais minimamente empolgante da trama, Dru descobre um irmão gêmeo gente boa. Gru é Dru do avesso: loiro, alegre e sem a verve vilanesca.

Inventar um parente próximo justo agora, no terceiro filme, mostra o quanto a franquia “Meu Malvado Favorito” anda preguiçosa. Qualquer boa ideia – como o vilão nostálgico – esgota com a velocidade de uma piada sem graça, mas repetida a esmo.

“Meu Malvado Favorito 3” reúne até citações a “Star Wars”, “Sing” (filme também do estúdio Universal) e “Procurando Nemo” (da Pixar) para arejar o roteiro. Pudera.

Até os Minions parecem escanteados. Ganham uma trama paralela que pouco tem a ver com a historinha de Dru, Gru e Bratt, numa manobra esperta de equilibrar o eixo principal (que talvez aborreça crianças pequenas) com esquetes.

Para uma franquia tão cara e colorida, a falta de imaginação chega a impressionar. Resta saber até quando o público vai ter esses personagens como seus malvados favoritos.

Avaliação: Regular

Veja horários e salas de “Meu Malvado Favorito 3”

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