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Crítica: “Mais Forte que o Mundo” conta as origens de José Aldo

Na cinebiografia dirigida por Afonso Poyart, José Loreto interpreta o ex-campeão mundial da categoria peso pena do UFC, principal competição de MMA do planeta

atualizado

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Paris Filmes/Divulgação
Mais Forte que o Mundo – A História de José Aldo
1 de 1 Mais Forte que o Mundo – A História de José Aldo - Foto: Paris Filmes/Divulgação

Por um breve período nesta década de 2010, as artes marciais mistas, representadas pela sigla MMA e pelos octógonos sangrentos do UFC, foram o maior orgulho do esporte nacional nas noites de sábado. Muitos brasileiros se acostumaram a passar madrugadas adentro à espera de mais um cinturão para o país. Passados meses de derrotas e finais perdidas, a modalidade voltou ao posto de coadjuvante, mas agora ganha os cinemas por meio da cinebiografia “Mais Forte que o Mundo – A História de José Aldo”.

O longo e autoexplicativo título já deixa clara a intenção de contar as origens do ex-campeão dos pesos penas e um dos mais bravos e velozes lutadores brasileiros no UFC. Em performance esforçada, José Loreto interpreta o amazonense desde a juventude humilde em Manaus, onde tinha problemas para administrar a raiva e a relação problemática com o pai (Jackson Antunes), até os dias de consagração no Rio de Janeiro, sob treinamento de Dedé Pederneiras (Milhem Cortaz).

História envolvente, ação viciada em tiques publicitários
O diretor Afonso Poyart acaba levando para “Mais Forte que o Mundo” os mesmos tiques publicitários vistos em seu recente thriller “Presságios de um Crime”, primeira experiência dele em Hollywood.

As sequências de luta são resolvidas com cores estouradas, pingos de suor em primeiro plano e movimentos em câmera lenta. Se o momento é de dor ou raiva – sobram tintas dramáticas na relação de Aldo com o pai e a namorada (Cleo Pires) –, o cineasta recorre a vinhetas recheadas de gritos, gestos ríspidos e notas musicais em volume máximo.

Até pelo carisma do biografado, “Mais Forte que o Mundo” tem tudo para fisgar os fãs do UFC. Em um sentido mais amplo, puramente cinematográfico, é um filme degraus abaixo de “Guerreiro” (2011), drama esportivo sobre as ambiguidades do esporte, e outros tantos bons filmes de boxe. Para um produto tão dedicado ao MMA, as cenas de luta parecem curiosamente ineficazes e banais.

Avaliação: Ruim

Veja horários e salas de “Mais Forte que o Mundo – A História de José Aldo”.

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