Crítica: “Como Eu Era Antes de Você” narra um meloso dramalhão inglês
Romance com Emilia Clarke (“Game of Thrones”) e Sam Claflin (“Jogos Vorazes”) acompanha um amor impossível entre dois jovens na Inglaterra
atualizado
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“Como Eu Era Antes de Você” tem tudo para ser o “A Culpa É das Estrelas” (2014) deste ano: um romance meloso sobre amor impossível e cheio de contornos fatalistas. Dirigido pela estreante Thea Sharrock, conhecida na Inglaterra por seus trabalhos no teatro, o dramalhão narra o difícil relacionamento entre uma cuidadora e seu patrão, preso a uma cadeira de rodas e com movimentos de braços e tronco limitados.
Após fracassar na releitura de Sarah Connor em “O Exterminador do Futuro – Gênesis” (2015), Emilia Clarke tenta fazer o público se esquecer um pouco da brava guerreira Daenerys, uma das principais personagens da série “Game of Thrones”. Aqui, ela é bem mais dócil e pacífica do que a Mãe de Dragões vista no seriado.
Dramalhão manipulador
Serelepe, otimista e sempre vestida com trajes coloridos, Lou é demitida de um café e arranja oportunidade para trabalhar na mansão dos Traynor. Ela assina contrato de seis meses para cuidar de Will (Sam Claflin), um jovem que perdeu os movimentos da cintura para baixo após sofrer um acidente.
A funcionária pobre é, obviamente, o contraponto perfeito para o patrão rico e rancoroso, que prefere morrer do que viver seus dias sem poder andar de esqui ou empinar uma motocicleta. Baseado em romance de Jojo Moyes (também roteirista), o filme funciona como uma versão britânica dos dramalhões de Nicholas Sparks.
Exibe certa classe, humor ácido, mas confortável, e os mesmos clichês de qualquer outra triste história de amor. Formatado para emocionar, “Como Eu Era Antes de Você” narra um duelo um tanto manipulador entre uma mulher de carinho incondicional e um cínico incurável e suicida. Parece a receita ideal para provocar o choro em alguns e ser prontamente esquecido por tantos outros.
Avaliação: Regular
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