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Crítica: “Capitão América: Guerra Civil” é imprevisível e empolgante

Uma das estreias mais aguardadas do ano, o filme tem um confronto histórico entre o Capitão América e o Homem de Ferro, que lutam por objetivos distintos e mostram novos lados das suas personalidades

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Capitão América Guerra Civil
1 de 1 Capitão América Guerra Civil - Foto: Divulgação

Atenção: este post não contém spoilers!

O Universo Cinematográfico Marvel foi criado em 2008, com o lançamento do primeiro longa do estúdio, “Homem de Ferro”. Como uma criança, este universo cresceu e atingiu a maturidade agora, em seu 13º filme. “Capitão América: Guerra Civil” não é uma produção para crianças e talvez isso seja de propósito, pois os pequeninos fãs que ainda tinham 10 anos quando a série iniciou, hoje atingiram a maioridade. Também não é um filme isolado, pois sua trama e seus temas farão mais sentido para quem já acompanha o time de super-heróis liderados por Steve Rogers, o Capitão América (Chris Evans) e Tony Stark, o Homem de Ferro (Robert Downey Jr.).

Sendo assim, o filme se liberta das amarras de uma típica história de super-heróis, aonde um indivíduo é chamado para uma aventura e resolve conflitos usando seus super-poderes. O filme acaba com o vilão derrotado e o mundo salvo. Mas o que acontece depois do créditos? “Capitão América: Guerra Civil” é o primeiro filme bom que se importa com as consequências dessas aventuras (desconsidero aqui os péssimos “Hancock” e “Batman vs Superman – A Origem da Justiça“).

Quem vigia os vigilantes?
Após os eventos dos filmes prévios, mais de cinco cidades passaram por batalhas catastróficas (Nova York, Washington, Londres, Johannesburgo e Sokovia) que deixaram bilhões de dólares em danos e muitas vítimas. O mundo pede que seus heróis prestem contas e mais de 100 países assinam os “Acordos de Sokovia”, em que os Vingadores só agiriam com autorização da Organização das Nações Unidas. A maioria dos heróis aceita a proposta de imediato, mas o Capitão América hesita. Ele acredita que o time precisa ter a liberdade de agir quando achar necessário e não por decisões de comitês.

Para piorar a situação, a ONU sofre um atentado terrorista no dia da assinatura do acordo e o principal suspeito é Bucky Barnes (Sebastian Shaw), amigo de infância de Rogers, que sofreu uma lavagem cerebral e virou agente da organização fascista Hidra. Já em desacordo com o resto da equipe, Rogers decide viver fora da lei para tentar salvar Barnes e descobrir se foi ele mesmo o responsável pelo atentado. Outros se juntam a ele e assim fica armado um enorme conflito entre heróis. Aparecendo de vez em quando, nas beiradas, ainda temos um alemão misterioso, Zemo (Daniel Brühl), mas não vale a pena entrar em mais detalhes por aqui.

“Pós-heroísmo”
“Capitão América: Guerra Civil” merece ser visto principalmente por ser o primeiro filme imprevisível da Marvel. Todos os outros são sobre heróis correndo contra o tempo para deter um plano maléfico que geralmente depende de um objeto/portal/nave no céu e assim salvarem uma cidade. Aqui não existe uma cidade ameaçada, o que move a trama é uma briga entre dois grupos de “mocinhos”. Cada um tem excelentes razões para escolherem um lado, e ninguém está disposto a ceder. Nossos heróis são obrigados a refletir sobre seus atos e seus legados de uma maneira jamais vista no cinema.

Além disso, os diretores Anthony e Joe Russo conseguem construir uma história com ação constante. O Universo Marvel reflete a realidade de um mundo globalizado, em que ameaças acontecem em diversos pontos do globo. Com o uso de locações reais (especialmente uma sequência central em Bucareste, na Romênia), o visual do filme não se restringe apenas à computação gráfica. É um deleite à parte ver todos os heróis lutando entre si usando coreografias inventivas e até hilárias para demonstrar seus poderes. Certamente a cena do grande confronto ficará para a história do cinema de ação.

Não é recomendado assistir “Capitão América: Guerra Civil” sem conhecimento do que veio antes, e esse pode ser seu maior defeito. Além disso, alguns poucos momentos relacionados à Zemo estrangulam questões lógicas. Em compensação, a entrada de dois novos personagens, um da nação de Wakanda e outro do bairro de Queens, é executada com perfeição.

Avaliação: Ótimo

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