Crítica: “Aliados” acerta ao equilibrar guerra e romance de espiões
Com Brad Pitt e Marion Cotillard, “Aliados” acompanha o romance turbulento de dois espiões na Segunda Guerra Mundial
atualizado
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“Aliados”, novo filme do diretor Robert Zemeckis (“De Volta para o Futuro”), reúne dois personagens treinados para viverem… outros personagens. O canadense Max (Brad Pitt) e a francesa Marianne (Marion Cotillard) são espiões que trabalham para o mesmo lado na Segunda Guerra Mundial: contra os nazistas.
Com um olhar atento para grandes cenas, Zemeckis começa o filme em Casablanca, Marrocos, na missão que junta Max e Marianne. Eles miram em um embaixador alemão e, ao mesmo tempo, se encantam um pelo outro.
Max e Marianne juntam os trapos e partem para a Inglaterra em busca de ares mais tranquilos, ainda sob as ameaças dos alemães. Até que os superiores de Max passam a desconfiar da identidade de Marianne: ela pode ser uma espiã a serviço do Terceiro Reich.A guerra, o amor e a fábula
Zemeckis é conhecido pela maneira como recria períodos históricos e neles encontra espaço para a invenção. “Forrest Gump” (1994) talvez seja o exemplo mais óbvio. Mas ele também produziu tais artifícios em filmes como “A Travessia” (2015), ao “reerguer” o World Trade Center, e “Contato” (1997), mesclando imagens reais e filmadas.
Em “Aliados”, o diretor explora o quanto pode o cenário histórico para entregar momentos inesquecíveis. Uma cena de sexo no carro, durante uma tempestade de areia na sempre romântica Casablanca. Ou um parto em meio aos bombardeios nazistas em Londres.
Só mesmo Zemeckis, herdeiro de Spielberg, para colocar o amor inabalável de um casal de espiões acima de rivalidades bélicas. Essa convicção no poder da fábula torna “Aliados” mais autêntico que a maioria dos filmes de guerra contemporâneos.
Avaliação: Ótimo
Veja horários e salas de “Aliados”.