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Corrida para o Oscar 2017: saiba quais filmes podem ganhar a estatueta

Os filmes “La La Land – Cantando Estações”, “Manchester à Beira-Mar” e “Moonlight” lideram a temporada de premiações

atualizado

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Kevin Winter/Getty Images
Oscar Statuette Exhibit Opening
1 de 1 Oscar Statuette Exhibit Opening - Foto: Kevin Winter/Getty Images

A corrida para o Oscar 2017 entra em seu momento mais divertido e decisivo. Está aberta a temporada de especulações: elegemos os favoritos sem termos visto quase nenhum filme, declaramos nossa birra e torcemos por azarões. As indicações serão reveladas em 24 de janeiro. A premiação acontece em 26 de fevereiro, na 89ª edição da cerimônia.

Entre uma coisa e outra, sindicatos da indústria de cinema, associações de críticos e outras premiações vão formando uma prévia do que veremos no Oscar. Claro, a corrida pela estatueta não é uma ciência exata. Uns serão esnobados e sempre pintam surpresinhas.

Paris Filmes/Divulgação
Emma Stone e Ryan Gosling dançam no musical “La La Land – Cantando Estações”: favoritaço ao Oscar?

 

Abaixo, arriscamos apontar os filmes que devem ganhar indicação à categoria principal. Em miúdos: um chutômetro bem informado. Vale lembrar que, pela regra, devem ser escolhidos no mínimo 5 e no máximo 10 longas.

Os possíveis concorrentes a melhor filme no Oscar 2017, por ordem de favoritismo:

https://youtu.be/Q9d7LIjAcKU

“La La Land – Cantando Estações”
Estreia em 19 de janeiro

Por quê? Filmes sobre a indústria de cinema faturam a estatueta de tempos em tempos. Para ficar nos vencedores desde 2000: “Chicago” (2002), “O Artista” (2011), “Argo” (2012) e “Birdman” (2015). “La La Land” é um musical ambientado em Los Angeles e flagra romance entre um pianista de jazz e uma atriz. Cara e coração de Oscar.
Outras premiações: 8 prêmios no Critics Choice (incluindo melhor filme), 7 indicações ao Globo de Ouro, 2 ao SAG (Sindicato dos Atores) e vencedor do prêmio da crítica de Nova York

“Moonlight”
Sem previsão de estreia

Por quê? Após dois anos seguidos de #OscarsSoWhite, hashtag de protesto diante da falta de diversidade na premiação, espera-se uma mudança de conceito dos votantes. O filme acompanha a vida de um jovem negro, da infância à juventude, num retrato que aborda violência, racismo, sexualidade e autodescoberta.
Outras premiações: 2 prêmios no Critics Choice, 6 indicações ao Globo de Ouro, 3 ao SAG e vencedor do prêmio da crítica de Los Angeles

“Manchester à Beira-Mar” (leia crítica)
Estreia em 12 de janeiro

Por quê? O renascimento de um cineasta. Kenneth Lonergan passou maus bocados com a indústria em “Margaret” (2011), um filme que virou caso de justiça. Brigas pelo corte final entre os estúdios Fox e o diretor e constantes atrasos no lançamento. Ele dá a volta por cima nesse intenso drama sobre tragédia e luto.
Outras premiações: 3 prêmios no Critics Choice, 5 indicações ao Globo de Ouro, 4 ao SAG e vencedor do prêmio NBR (crítica em âmbito nacional nos EUA)

https://www.youtube.com/watch?v=x9FiddWYA9I

“Fences”
Sem previsão de estreia

Por quê? As questões raciais nos anos 1950 e a Broadway. O texto do dramaturgo August Wilson (1945-2005) rendeu prestígio no teatro, com prêmios Pulitzer e Tony. Denzel Washington e Viola Davis protagonizaram uma montagem em 2010 e agora retornam aos papéis no cinema, sob direção de Washington.
Outras premiações: 1 prêmio no Critics Choice, 2 indicações ao Globo de Ouro e 3 ao SAG

“Até o Último Homem”
Estreia em 26 de janeiro

Por quê? Popularidade e histórias da Segunda Guerra Mundial. Desbocado fora das telas, Mel Gibson ainda impõe respeito como herói de filmes de ação e diretor de dramas históricos carregados de emoção. Venceu o Oscar por “Coração Valente” (1995) e, agora, convoca o astro Andrew Garfield para interpretar um médico que ganhou a Medalha de Honra sem disparar sequer um tiro.
Outras premiações: 2 prêmios no Critics Choice, 3 indicações ao Globo de Ouro e 2 ao SAG

https://youtu.be/e_zmuGOB0Hs

“Jackie”
Estreia em 2 de março

Por quê? Em tempos de Donald Trump, os votantes podem reforçar seu apreço pela ex-primeira drama Jacqueline Kennedy, aqui vivida por Natalie Portman. E mais: diretores latinos andam em alta, como os mexicanos Iñárritu (4 estatuetas) e Cuarón (2).
Outras premiações: 3 prêmios no Critics Choice, 1 indicação ao Globo de Ouro e 1 ao SAG

“A Chegada” (leia crítica)
Em cartaz nos cinemas

Por quê? O diretor da moda. Entra ano, sai ano, e o Oscar continua elegendo seus queridinhos. Iñárritu talvez seja o caso mais marcante. Ganhou 4 prêmios de 7 indicações nos últimos 10 anos. Os filmes de Denis Villeneuve, de “A Chegada”, acessam o mesmo público que ama Christopher Nolan (3 indicações), passeiam por gêneros diversos e exalam ar “importante”. Nunca participou da festa. Pode ser agora.
Outras premiações: 2 prêmios no Critics Choice, 2 indicações ao Globo de Ouro e 1 ao SAG

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