Conheça o casal por trás das maiores bilheterias do ano
Enquanto Kathleen Kennedy responde por “Star Wars – O Despertar da Força”, Frank Marshall produziu “Jurassic World”
atualizado
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A figura do produtor de Hollywood ganhou contornos de vilania de uns tempos para cá. Os irmãos Bob e Harvey Weinstein (ex-Miramax) são, em parte, responsáveis pelo arquétipo: eles acumulam um histórico de interferências em filmagens, brigas com diretores e jogos de manipulação na temporada de premiação. Mas há perfis bem menos abrasivos.
No ano de 2015, dois personagens de bastidores resgataram franquias amadas pelo público e converteram os novos capítulos em sucessos de bilheteria. Além de competirem pelas maiores cifras de 2015, Kathleen Kennedy e Frank Marshall também formam um casal, junto desde 1987. A temporada foi trabalhosa para os dois. Kathleen esteve atarefada com o lançamento de “Star Wars – O Despertar da Força”, enquanto Marshall ajudou “Jurassic World” a se tornar a terceira maior bilheteria da história (US$ $1,668 bilhão) – pelo menos por enquanto.
Ao lado de Steven Spielberg, fundaram a produtora Amblin Entertainment em 1981. Desde então, a companhia dá forma aos trabalhos do diretor e a alguns dos produtos mais divertidos das últimas décadas, como “Os Goonies” (1985) e “De Volta Para o Futuro” (1985). O casal conquistou certa independência ao fundar a The Kennedy/Marshall Company, em 1992, bancando e distribuindo outros filmes.
Conheça um pouco mais sobre as carreiras de Kathleen e Marshall:
Kathleen Kennedy: a nova “dona” de “Star Wars”
Após a compra da Lucasfilm, produtora de George Lucas e de “Star Wars”, em 2012, a Disney tomou a esperta de decisão de colocar Kathleen na presidência da companhia. A experiente produtora, de 62 anos, trabalhou nos bastidores de fenômenos de arrecadação – a maioria deles dirigidos por Steven Spielberg, seu parceiro mais longevo.
Ela trabalhou com Spielberg em praticamente todos os projetos do diretor desde “E.T. – O Extraterrestre” (1982). O primeiro contato com o cineasta foi no set de “1941 – Uma Guerra Muito Louca” (1979), após anos trabalhando em televisão.
Começou como secretária do realizador, mas era mais talentosa dando pitacos. Kathleen colaborou com grandes pares de Spielberg, como Martin Scorsese (“Cabo do Medo”), Clint Eastwood (“As Pontes de Madison”) e M. Night Shyamalan (“O Sexto Sentido”).
Frank Marshall: da Nova Hollywood ao hit “Jurassic World”
Sete anos mais velho que Kathleen, Marshall dividiu boa parte da carreira com a esposa, produzindo sempre os mesmos projetos. Mas a carreira pré-Spielberg reservou experiências importantes, em contato com diversas etapas de realização.
Durante a época mais frutífera da indústria na segunda metade do século 20, ele participou da efervescente Nova Hollywood, período entre os anos 1960 e 1980 que revelou diretores como Scorsese, George Lucas, Francis Ford Coppola – e o próprio Spielberg. À época, suas primeiras experiências no cinema foram a bordo de filmes de Peter Bogdanovich, produzindo e fazendo pontas em filmes como “Na Mira da Morte” (1968) e “A Última Sessao de Cinema” (1971).
Após a estrear como diretor, em “Aracnofobia” (1990), fundou a Kennedy/Marshall Company para financiar seus próprios projetos. Ele tentou a sorte como cineasta outras três vezes (“Vivos”, “Congo” e “Resgate Abaixo de Zero”), sem tanto sucesso.
Desde que Kathleen assumiu a Lucasfilm, Marshall toca a empresa sozinho e tem encontrado equilíbrio entre blockbusters (“Jurassic World”) e projetos alternativos, como a minissérie “Sinatra: All or Nothing at All” e dublagem em inglês de animações do cultuado estúdio japonês Ghibli (“Vidas ao Vento” e “O Conto da Princesa Kaguya”).