Cannes: “Hymyilevä Mies”, de Juho Kuosmanen

Olli Mäki (Jarkko Lahti) está prestes a viver seu grande dia: disputará, em casa, o título mundial de boxe para a categoria Peso Pena contra o americano Davey Moore. Enquanto seu empresário tenta focá-lo na luta, e o país inteiro o comemora como um futuro campeão, Olli se apaixona por Raija (Oona Airola).

Assisti ao filme meio inesperadamente, pois ao comparecer à premiação da mostra “Un Certain Regard”, fomos informados que o filme vencedor do prêmio principal passaria logo após o ritual. Eu já tinha assistido a 38 sessões de cinema, e estava exausto. Vi tantos filmes excelentes na mostra que acreditava já ter visto o ganhador. Fiquei surpreendido pelo anúncio que este filme, da Finlândia, era o vencedor. Lá fui eu para a sessão 39. Pelo menos este não passava dos 90 minutos.

“Hymyilevä Mies” parece uma história que já vimos antes. Para ser claro, parece uma versão artística de “Rocky – Um Lutador”. Que maravilha encontrar exatamente o oposto. O filme americano é uma obra-prima sobre um homem pobre determinado a dar o melhor de si mesmo para se destacar. Durante sua jornada, ele vai descobrir o amor e seu coração de lutador. Já na versão finlandesa, o maior tesouro é o a paixão que Olli descobre por Raija.

Mistura bem efetiva de comédia e drama, rodado em 16mm, em preto-e-branco, o filme parece até não se interessar muito pela luta em si, que vem no final, mas sim em quão despreparado seu protagonista está com a fama repentina.

Avaliação: Excelente (4 estrelas)